SONHOS &
CAMINHOS
SONHOS &
CAMINHOS
NESTOR
DE OLIVEIRA FILHO
Rua
do Cobre no- 90 – Vila Biasi – cep 13466-706
AMERICANA
-SP
Ano da Graça
de Nosso Senhor Jesus Cristo
- 2006 -
Nenhuma parte desta obra poderá ser
reproduzida ou transmitida por qualquer forma, ou arquivada em qualquer sistema
ou banco de dados sem a permissão escrita do Autor.
Todos os direitos desta Obra são
reservados ao Autor.
Obs. Este exemplar foi impresso em
janeiro de 2007
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ÍNDICE
|
PG
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CAMINHOS; À LUZ DO NATAL
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13
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REMAR
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14
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GALO
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15
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DESTINOS IGUAIS
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16
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BARCO
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17
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BOTINA SANTA CRUZ
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18
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INTEIRINHO FLORIDO
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19
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SEU ANIVERSÁRIO
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20
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O JACARÉ VOADOR
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21
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|||
GABRIELA
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22
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TAL SAUDADE
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23
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|||
ÁGUA, FONTE DE VIDA
|
24
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|||
A MACACA CORAJOSA
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27
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COMUNIDADE VIVA
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28
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PENSAMENTOS
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29
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CABELOS BRANCOS
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30
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UM INOCENTE NO BERÇO
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31
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DIA DOS AVÓS
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33
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VIDA À DOIS
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35
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RECEITA DE NATAL
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35
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OTIMISTA
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35
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GRANDE MULHER, MARIA PIRES DE OLIVEIRA
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36
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FONTE DE VIDA
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38
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NOSSA ÁGUA
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40
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ANIMAIS NA CIDADE
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42
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RAIZES DE VIDA
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44
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SIMPRÍCIO, O MISTERIOSO
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47
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NÃO DESMORALIZE A FAMÍLIA
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49
|
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PRESERVAR-SE DOS FALSOS AMIGOS
|
52
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HINO DE AÇÃO DE GRAÇA
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53
|
|||
VÍTIMAS DO CAPITALISMO SELVAGEM
|
54
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IMPRENSA (HOJE) 1999
|
55
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|||
SUAVE COMO BÁLSAMO
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57
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|||
SÊ FORTE
|
58
|
CAFEZAL
|
59
|
|||
VENTOS
|
60
|
|||
OTIMISMO
|
61
|
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MARIPOSA
|
62
|
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JOGO DA BICHARADA
|
63
|
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TEMPO ANTIGO
|
67
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TRISTAZA
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68
|
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MAIS QUE UM HOMEM
|
69
|
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DINHEIRO
|
70
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NAQUELES TEMPOS
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71
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JESUS CRISTO EUCARÍSTICO
|
75
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|||
CANTORES DA FLORESTA
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76
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PRIMEIRA COMUNHÃO
|
77
|
|||
FÁBULA AMOROSA
|
78
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|||
DOIS MUNDO NO MEU MUNDO
|
79
|
|||
COISAS DA FÉ
|
80
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|||
MOURÃO DE CERCA
|
81
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|||
A ALEGRIA DE SONHAR
|
83
|
|||
ACONTECIDO
|
84
|
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CAMINHAR COM O SENHOR
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85
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|||
ENCENAÇÃO
|
86
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CONCLUSÃO
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87
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DEZ MANDAMENTOS DO CASAL
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88
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GENEALOGIA
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89
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PENSAMENTOS
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90
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BIOGRAFIA
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91
|
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MENSAGEM
|
92
|
“A
alegria e
tristeza estão tão próximas uma da outra quanto as refulgentes folhas coloridas
da primavera estão da sobriedade das árvores desfolhadas do outono. Ao
cumprimentar um amigo que está de regresso, você já sabe que ele terá de
deixá-lo novamente. Esta íntima experiência, em que cada pedacinho de vida é
tocado por um pedacinho de morte, pode transpor-nos para além dos limites da
nossa existência. Pode fazê-lo, deixando-nos esperar, com expectativa, pelo dia
em que nosso coração se encherá da perfeita alegria, uma alegria que ninguém
arrancará de nós.” (Henri
Nouwen)
NOTA
Cada ser humano é um indivíduo e cada
indivíduo tem seu próprio semblante, e por isso mesmo é um ser diferente, não
se pode negar que cada um tenha seu gosto e sua maneira de ver e entender.
Portanto, não estranhe o leitor, que este livro, embora sem pretensões maiores,
seja uma mescla de gêneros literários, mesmo porque, uns apreciam mais o gênero
prosaico, enquanto outros preferem o poético. Seja como for, ambos têm a mesma
finalidade: receber a mensagem exposta em seu conteúdo.
O Autor
Primeiro agradeço a Deus por me dar a vida, a Jesus por me ensinar o
caminho, e ao Espírito Santo por me dar a inspiração. Depois agradeço aos meus
pais, Nestor e Maria, por me darem boa educação, e fazer com que eu me tornasse
um homem. E também agradeço à minha esposa Zenaide e aos meus quatro filhos:
Maria Auxiliadora, Nestor Ezequiel, José Roberto e João Paulo, juntamente com
meu genro Edivaldo, e noras Viviane e Jussara; pelo incentivo, e por me
compreenderem em todas as circunstâncias da vida.
E ofereço este trabalho aos
meus netos, Bruno Albert, Aline Maria, Vitor Henrique, Gabriel, Estêvão, Antonela, que
estão ao meu lado; ao Vinicius Henrique que está com Deus. E, ainda, à outros
que, se Deus quiser, hão de vir!
O Autor.
APRESENTAÇÃO
Não é minha
pretensão, ao apresentar este trabalho, que me chamem de poeta, mas,
simplesmente um sonhador. Pois é sonhando que se tem esperança, e quando tem
esperança se sente confortado, e este conforto traz a paz. Na paz sente-se
realizado, e a realização traz a felicidade. Na felicidade encontra-se o amor;
e o AMOR é DEUS!
Na minha
infância, em casa com toda a família reunida, ou na lavoura quando cada um com
uma enxada os acompanhavam nos trabalhos da roça, meus pais contavam-nos belas
histórias, contos e estórias. Contavam-nos muitos fatos interessantes
acontecidos na família, fatos que vinham desde a mocidade de seus avós, de seus
pais, passando pela infância e juventude de meus pais e chegava até nós, com
nossas peripécias e artes. Esse carisma de meus pais marcou-me muito, e assim
tornei-me um sonhador...
ESTE É UM
TRABALHO BEM SIMPLES, MAS, É NA SIMPLICIDADE QUE SE ENCONTRA DEUS.
N.O.F.
Americana,
2006
Voltai-vos para
mim, para serdes salvos, vós todos, confins da terra! Pois eu sou Deus e não há
outro. (Is 45,22)
Deposita teu fardo entre as mãos daquele que tudo pode carregar.
Dizem que na vida há vários
caminhos
Há os caminhos que descem, e há
os que sobem.
Há caminhos largos e há estreitos
caminhos.
O mesmo caminho que fez Deus
descer, elevou o homem.
Subir caminhos nem sempre é o
melhor,
Às vezes descer se faz
necessário.
Subir, às vezes, se torna mais
cômodo,
Se tu desces vê teu irmão no
calvário.
No alto a luz do sol faz seus
olhos ver.
Em baixo a luz do natal faz seu
coração amar.
Ao nascer, Jesus, Deus tomou o
caminho que desce
Para que nós pudéssemos, pelo
caminho, se elevar.
No natal Deus desceu do céu
amando,
Para que ninguém deva descer
caindo.
É melhor ter horas na vida sem
alegrias,
Do que ter alegrias sem estar a
Cristo se unindo.
Talvez teus caminhos não sejam os
mais fáceis.
No amor, subindo ou descendo,
encontrarás felicidade.
O natal é um mistério difícil de
se entender
Mas, Dele, aprendemos o amor e a
caridade.
13/12/2002
- 13 -
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REMAR
Canoa, pra onde vais
Canoa que vai e vem
Canoa que sai do cais
Navega, horizonte além!
Canoa a navegar
Em busca dos mais profundos
Avante segue a remar
Descobrindo novos mundos.
Também sou como canoa
Setando sempre a proa
Por entre mares bravís.
Na curva vê turbilhão
Na onda sente emoção
Remando pra ser feliz!
Americana, 02/07/2005
- 14 -
GALO
O galo cantou que hora?
O galo cantou lá fora.
O galo do meu terreiro
Não canta fora de hora!
Meia-noite o galo cantou,
Hora que a estrela brilhou!
Pra Jesus anjos cantaram,
Todo mundo assim escutou.
Não tem galo que não canta.
Todos têm boa garganta.
Parece um canto divino,
Repetido como mantra.
Se torna melhor cantor,
E canta com mais ardor,
Se o galo nascer na noite
Que nasceu o Salvador!
O galo índio não espera,
Defende, enfrenta fera.
Tem outros também famosos...
É valente o galo-terra.
Madrugueiro cantador,
Seresteiro por labor.
O galo é o bom relógio
Do caboclo lavrador.
Façamos
juntos orações,
E
entoaremos lindas canções,
Pra que
o grande Deus-menino
Converta
os nossos corações.
Também,
nós, com alegria,
Vamos
cantar neste dia,
Pra
louvar este Menino;
Pois,
Seu Pai é quem nos guia!
Dezembro 2005
- 15 -
DESTINOS IGUAIS
Água que corre pro mar
Nunca desiste, não cansa.
Vem desde a nascente;
Lenta ou impetuosa, desce a
rolar:
Barulhenta ou mansa,
Não se retrás, segue em frente.
Aqui límpida, ali poluída.
Vai por caminhos retos
E também tortuosos.
Ela nutre e dá vida
-Segue seus planos certos-
Com alimentos caudalosos.
Também nossa vida é assim
-Qual uma água segue o destino-
A partir do nosso nascimento.
Na partilha, por ti e por mim,
Amando sem desatino,
Ir pra Deus em todo momento.
- 16 -
BARCO
O barco segue o seu rumo
No vento, na chuva ou no sol
Buscando sempre aventuras
Firme vai rumo ao farol
Desbrava até mares bravís
Sua força é vento na vela
Sua meta é os horizontes
Jamais teme uma procela
Se a jornada for nos rios
Enfrenta muitas corredeiras
Seu remo é a força-motriz
Transpõe às vezes cachoeiras
À serpentear os longos rios
Segue o barco o seu destino
Entre os pássaros e flores
Faça frio, ou sol-a-pino
O barco cumpre o seu papel
Transportar é sua lida
Vê alguém partir sorrindo
E alguém d’alma dorida
Ao sumir no horizonte
Vê alguém chorar no cais
Águas batendo em sua proa
São suas lágrimas, seus ais
Americana, 03/09/2005
- 17 -
BOTINA SANTA CRUZ
Todos sabem que lá na roça
Existem bichos pra daná
Tem a cobra venenosa
Onça, aranha e tamanduá
A gente usa botina
Calça grossa e polaina
Tem que estar bem prevenido
Pra avançar na sua faina
Certo dia lá na roça
Veio uma cobra venenosa
Eu a chutei ela pra longe
Com você não quero prosa
Com o bote que ela deu
Na minha botina ela pegou
O meu calçado era tão forte
Que nem ao menos se arranhou
A mordida foi tamanha
Que as quatro presas estralou
Como um vidro de vitrina
Ali no chão espatifou
Por incrível que pareça
A cobra até se converteu
Com a dor que ela sentiu
Até se lembrou em Deus
E gritou desesperada
Valha-me Bom Jesus
Pelo jeito que estou vendo
Essa botina é Santa Cruz
- 18 -
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INTEIRINHO FLORIDO
Eu queria ter um mundo,
inteirinho, bem florido,
Onde cada indivíduo promovesse o
bem-estar.
Cultivaria com amor rosas
branquinhas e amarelas;
Uma pintura, aquarela, com todas
flores do lugar.
Eu plantaria na calçada cravo
branco, rosa e vermelho,
Seguiria dando conselho,
plantando a esperança e o amor.
Que em cada casa, em cada canto,
houvesse um vaso perfumado,
Branco, verde, colorado..., num
espetáculo multicor.
Os girassóis - como relógio -
girariam meu mundo lindo.
Eu colheria, me divertindo,
azaléia, margarida, capitão...
De mãos dadas com os irmãos, por
entre as flores, repartindo.
Eu correria nas veredas,
sorrindo, extasiado de emoção!
Americana, 29/01/2004
- 19 -
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SEU ANIVERSÁRIO
Foi pensando em você
Que eu acordei mais
feliz
Hoje é seu
aniversário
O calendário assim me
diz
Receba os meus
parabéns
Minha eterna
companheira
A ti jurei o meu amor
Amar-te-ei a vida
inteira
Foi pensando em você, que acordei mais jovem. Foi
pensando em você, que o meu mundo se transformou num mar de rosas. Olho para
trás e vejo que já fizemos juntos uma longa caminhada. E ao olhar para o futuro
imagino que ainda continuamos a existir nesse imenso mar de bondade, de fé e de
esperança. Olhando ao longo de nossos passos, vejo que tivemos um começo. E olhando
para o horizonte, não enxergo o fim. E isso é bom, pois, vejo somente o
infinito diante da vida, e neste infinito nós dois caminhando lado a lado.
Assim me torno mais firme, forte e poderoso, porém humilde, pois foi sendo
assim que eu te encontrei. Eu te amo muito! Você é uma das forças que me
sustenta nesta longa caminhada. Parabéns a você!
Nestor
- 20 -
O jacaré voador
Numa tarde muito bonita e
ensolarada no dia dezessete de Abril quando Joãozinho e Teresinha brincavam com
seus amiguinhos jacaré, tatu, carneiro, papagaio, tartaruga e outros, eis que
aparece uma nave e pousa entre eles; o astronauta desce e conversa com os
animais. Enquanto isso a borboleta, a abelha e o beija-flor voavam sobre o
astronauta.
Muito engraçado foi ver o jeito
espantado do coelho e do gambá atrás da árvore. Neste momento eis que o jacaré
espertalhão se veste de astronauta e sai correndo para dar uma voltinha de
nave; todos ficaram admirados com a sua coragem.
E assim os dois foram passear, mas o jacaré muito inteligente,
queria mais, pediu para o amigo astronauta que deixasse ele pilotar um pouco, e
assim ele pôde ver as belezas daqueles painéis, e apertar os botões todos
iluminados dentro da nave. Desta maneira ele pôde satisfazer um antigo desejo
de voar; e voar bem alto lá pertinho das estrelas.
Americana, 20/03/1992
- 21 -
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GABRIELA
Gabriela até que era uma menina boa, mas tinha um pouco de
orgulho e, às vezes, fofoqueira. Fofocava de uns e de outros. Certo dia, só por brincadeira, inventou que
Filisteu, seu amigo, havia feito uma arte; por isso o menino sofreu um grande
castigo de seu pai. Gabriela se arrependeu do que fez, porque viu que seu amigo
Filisteu ficou de castigo e sem fazer as coisas que ele mais gostava de fazer,
que era divertir e comer. Então ela chegou para sua mãe e disse a verdade. A
mãe dela envergonhada foi até a casa do vizinho e pediu desculpa para o Golias,
pai de Filisteu, e que retirasse o castigo que havia dado ao filho. Gabriela
também pediu desculpas e disse que nunca mais haveria de mentir, pois viu que a
mentira só serve para prejudicar os outros.
Zenaide – Americana, 18/05/1992
- 22 -
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TAL SAUDADE
Falando a verdade
Essa tal saudade
Não tem mesmo jeito.
Veio em passo lento
E fez seu aposento
Dentro do meu peito.
Bem do seu jeitinho
Ela fez seu ninho
Sem pedir licença.
Deixando-me entristecido,
Hoje vivo aborrecido,
Com sua presença.
O que eu vou fazer
Para conviver
Com este sofrimento.
Não esqueço dela,
Bela Cinderela,
Nem um só momento.
Esse meu dilema
Já virou problema
Sem ter solução.
Vivendo desolado,
Ficou acabrunhado,
O meu coração.
Não devo esperar
Eu vou já buscar
O meu grande amor.
Quero viver em paz
Vou deixar pra trás
Essa minha dor.
Devo ir agora
Nessa mesma hora
Para os braços teus.
Matar meu desejo
E num longo beijo
Unir teus lábios aos meus.
- 23 -
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ÁGUA, FONTE DE VIDA
Água fonte de vida,
Água que mata a sede.
Substancia que move o mundo,
Nos eleva a pensar tão profundo
E lançar nessas águas a rede.
Água alimento maior,
Sem ela não podemos viver.
Água é dádiva de Deus,
Como graça é dada aos seus;
E como seiva faz tudo crescer.
Água da chuva que cai
No varjão, na planície ou na
serra
Fecunda e transforma as sementes,
Alimenta e dá força aos viventes
Que estão aqui nessa terra.
Água - este dom sacramental -
Água batismo do povo.
No Jordão manifestou grande luz
Com Deus Pai, o Espírito e Jesus;
Iniciando um mandamento novo.
Água em gotas de orvalho
Brilha sob o raio da luz.
Também como gotas brotara,
Do lado esquerdo jorrara,
No Divino cravado na cruz.
Água que lava as mágoas
Fazendo dos olhos; nascente.
Brota no fundo da alma,
Lava as impurezas e acalma
Tal qual uma fonte corrente.
Água que move moinhos,
Move também corações.
Lava angustias e dores,
Transforma espinhos em flores,
Tirando do peito ilusões.
Água que nasce tão pura
Trazendo vida em essência.
Porém esta gente ingrata
Te usa, te suja e te mata:
Irracional; não tem consciência.
Água que tira sujeira,
Desinfeta, limpa e purifica.
Lava essa raça humana,
Transforma essa mente sacana;
Pra cuidar desta dádiva bendita.
Água que vem cristalina,
Jorrando cortando horizonte.
Ensina este homem pensar
Na urgência de se preservar,
E florestar tudo envolta da
fonte.
Água direito de todos,
E como tal deve ser repartida.
É imoral a ganância querer
Com dinheiro, progresso e poder,
Manipular essa essência que é
vida.
Façamos grande campanha,
Vamos todos economizar.
Se acabar esse líquido gostoso,
Com certeza será duvidoso
Que um ser vivo possa aqui
prosperar.
- 24 - 25 - 26 -
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A Macaca Corajosa
Conta-se que certo homem ateu, e
que era um caçador inveterado, não escolhia dia e nem hora para entrar nos
sertões a fim de fazer uma boa caçada. Por não ser religioso e nem mesmo acreditar
em Deus, e num gesto de deboche aos mais crentes, ele saiu para fazer uma
grande caçada numa Sexta-feira da Paixão.
Foi entrando na mata e já foi
matando alguns passarinhos que encontrara.
Continuando sua caminhada pela
picada, já havendo adentrado bastante naquele sertão, ele viu numa grande
árvore de Jequitibá um bando de macacos fazendo algazarra. Chegou mais perto da
árvore e avistou em um de seus galhos, ao lado, um casal de macacos com dois
filhotes; os dois macaquinhos estavam agarrados no corpo da mãe, um nas costas
e o outro no peito, e este estava mamando. O macaco pai estava fazendo cafuné
na cabeça de um dos filhotes, porém estava muito atento com os movimentos da
mata.
O caçador cruel parou e pensou:
vou atirar na macaca, assim com um tiro só eu derrubo três. Deu alguns passos à
frente e mirou a espingarda bem no peito da mãe macaca. Porém antes de puxar o
gatilho ele viu e ouviu a macaca entregar os filhotes para o pai e, em tom de
heroína, dizer estas palavras: Querido Aleixo, segura a Catarina e o Inácio que
eu vou descer por este tronco abaixo para ver se aquele caboclo é macho!
Ao ouvir essas palavras e vendo
que a macaca vinha em sua direção, o caçador “corajoso” se borrou todo nas
calças, jogou a espingarda no chão e saiu correndo para casa.
Não se sabe qual foi o seu fim, no entanto sabe-se que
nunca mais ele voltou na mata para caçar.
Americana, 10/06/04
- 27 -
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COMUNIDADE VIVA
Os membros de uma
comunidade não devem - e não pode -querer manipularizar Deus, querer que Deus
seja só deles. Tanto é errado o procedimento dos Nazaretanos (Mc 6, 1-6), que
não queriam Jesus no meio deles, o expulsando, não reconhecendo n´Ele o Filho
de Deus, não acreditando em seus milagres; como também é errado a ação dos
moradores de Cafarnaum (Lc 4, 42), onde Jesus fez tanto bem a eles, tantos
milagres, que ficaram tão dependentes de
Jesus chegando ao ponto de querer dete-Lo, ficar com Jesus só para eles.
Tentaram manipularizar Jesus. Mas Jesus condenou as ações, tanto dos
nazaretanos como dos cafarnaunenses, os dois cometeram grandes pecados, reter
Jesus somente para si ou não aceitá-Lo tem a mesma gravidade.
Segundo o Evangelho
de Jesus Cristo, dentro de sua igreja não pode haver disputa para ser o maior,
o mais poderoso, o que manda mais. Esse poder, essa grandeza, essa autoridade
tem que vir naturalmente tem que ser o resultado do desejo da comunidade
inteira. Porém, infelizmente, vemos essa disputa no meio de nós, membros da
igreja, mas ela é condenada por Jesus. Nos seus Evangelhos Ele deixou bem claro
para nós, como é que devemos ser e agir.
Em uma comunidade
que deseja ser, que pensa em ser, uma verdadeira comunidade segundo as vontades
de Jesus, não pode haver disputa. Todos os assuntos, todos os serviços,
relacionados com a comunidade têm que vir ao conhecimento do (a) coordenador
(a), tem que passar pelas suas mãos, pois, ele (a) está exercendo cargo de
autoridade, naquele período, na comunidade.
- 28 -
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PENSAMENTOS
-Se o Senhor não construir a
casa, inútil será o trabalho dos construtores.
-Quando o mar está tranqüilo,
todos os pilotos navegam com igual maestria... Mas, ao ser vítima dos golpes
profundos do infortúnio, só uma grande alma pode sofrer sem se queixar.
-Não trames o mal contra teu
próximo quando ele vive confiando em ti.
-O homem que se diz portador do
Espírito, prova-o através de seus atos e de sua vida. É doce, humilde e
pacífico.
-O que convence não é o prestígio
do mestre, mas, o testemunho do discípulo!
-Se a chama que está dentro de ti
se apagar, as almas que estão ao seu lado morrerão de frio.
-Orgulho é como um buraco: quanto
maior fica, menor substância tem.
-A boa conduta lhe trará amigos:
a má, inimigos.
- 29 -
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CABELOS BRANCOS
Eu tenho meus cabelos brancos e gosto deles, tanto como
quando eram castanho-escuro. No passado eles eram quase pretos, eram fortes,
fechados, ondulados, não caía um só fio ao chão. Hoje... quantos fios já se
foram! Perdi até as contas. Quando eu olho pros meus cabelos e vejo que estão
esbranquiçados quase como algodão, fico feliz e contente; pois, cabelos
brancos, significa viver bastante. E viver (na essência da palavra) é aprender,
é amar, é trabalhar, é ganhar experiência. E tudo isso, com a graça de Deus,
serve para o ancião experiente e exemplar doar-se aos outros, ensinar,
transmitir sabedoria e vida: tanto mais vida dá quem mais vida tem.
Quando eu tinha os meus trinta e poucos anos de idade, já
começaram aparecer os primeiros fios brancos. E aos quarenta começaram, também,
a caírem os primeiros fios ao chão. Nessa ocasião certo colega de trabalho
fez-me esta pergunta: você acha certo ou errado os homens tingirem seus
cabelos? Respondi que cada um deve ser livre para fazer o que achar de melhor
para si, porém, eu que achava ridículo olhar para o corpo de um senhor com as
marcas da velhice e ver os seus cabelos pretos: é um desconexo total. Com a
resposta que dei, o amigo saiu de fininho e dando risada.
Não me acho conservador, porém, não gosto de todo esse
modernismo desenfreado. Em alguns pontos, acho que pessoas de idade avançada
não ficam bem com cabelos tingidos, não é legal, fica ridículo. Já vi pessoas
vaidosas usar peruca, ficou ridículo; tingiu o cabelo, piorou. Se a minha
natureza é de ter cabelos brancos, então deixem-nos aí. Eu devo é agradecer a Deus por eles estarem aí, para
proteger um pouco a minha cabeça do sol e do frio. Às vezes os cabelos brancos
deixam transparecer mais a idade das pessoas, mas o que importa mesmo é ter uma
razoável saúde e um bom caráter. Cabelos brancos é sinal de longevidade, e isto
é graça de Deus.
O meu querido e saudoso avô (senhor Ezequiel de Oliveira)
sempre dizia: Os cabelos brancos são as glórias do homem, os filhos são os
troféus e os netos são as coroas. Então eu me sinto bem e feliz, cheio de
glórias, troféus e coroas, pois, meus cabelos estão bem grisalhos, logo estarão
branquinhos como neve, tenho quatro filhos e cinco netos; e certamente ainda
virão mais alguns netos. E no futuro (um pouco mais longo) e com a graça de
Deus, espero conhecer, também, alguns bisnetos.
- 30 -
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UM INOCENTE NO BERÇO
O pequeno está com poucos dias de
vida. Dorme no berço do quarto. Seus pais discutem com tamanha veemência,
parecem ser inimigos de longa data. De repente se dão conta que o tom de voz
está muito exaltado e fecham a porta do quarto onde aquele anjo inocente está.
E continuam se agredindo. Se agridem como duas feras indomáveis, onde, em
nenhum dos dois se vê o uso da razão. Tudo leva a crer que esse casamento de
mais de um ano e meio vai terminar. Esqueceram rapidamente das juras que
fizeram um para o outro. Juras de fidelidade, amor, companheirismo,
compreensão, paciência, perseverança, ajuda mútua etc...
– Aqui tem um porém: juras estas que, certamente, foram dadas em momentos de
forte paixão e nem um pouquinho de amor. Não souberam cultivar em seus corações
o grande e santo Amor de Deus, para que desse santo Amor brotasse um verdadeiro
amor para os futuros esposos. Não. – Agiram somente com seus instintos carnais.
Foi naquele fogo ardente da paixão, que pensaram em construir uma família,
esquecendo o essencial, que é o alicerce. E é este alicerce que sustentará a
família, e, a matéria prima para esse alicerce é o amor doação. Mas, nisso eles
não pensaram. Ou talvez, até fizeram chacotas com alguém que lhes falara
tentando mostrar-lhes o verdadeiro sentido, a verdadeira vocação do casamento,
da sua importância ímpar na procriação, educação e formação de pessoas
íntegras. Casaram sem firmeza, e nenhuma responsabilidade. A criança que dorme
no quarto poderá vir a perder o pai. Numa dessas brigas ele pega seus pertences
e se manda pelo mundo, sabe-se lá para onde. E aquele filho, que parecia ser a
grande esperança na continuação daquela família, futuramente, deparará com
grandes frustrações provocadas pelos seus pais. As crianças são as maiores
vítimas de casamentos mal fundamentados e de muitas uniões mal feitas. A
família precisa começar com um sim sincero e profundo pronunciado diante da
consciência de cada um e diante do coração Sacrossanto de Deus. O casamento
começa sempre com uma promessa de amor, forte, madura, desejável e responsável.
E essa promessa tem que ser renovada à cada dia. Só assim o casamento resistirá
as tempestades e vendavais de imoralidades que nos assolam e nos enojam
diariamente.
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DIA DOS AVÓS
“A
Estrela d´alva já brilha, já nova aurora reluz, o sol nascente vem vindo e
banha o mundo de luz. Cristo é o sol da justiça. Maria aurora radiante. Da lei
a treva expulsando, ó Ana, vais adiante. Ana fecunda raiz, que de Jessé
germinou, produz o ramo florido do qual o Cristo brotou. Mãe da Mãe santa de
Cristo, e tu, Joaquim, santo pai, pelas grandezas da filha, nosso pedido
escutai.
Louvor
a vós, Jesus Cristo, que de uma Virgem nascestes. Louvor ao Pai e ao Espírito,
lá nas alturas celestes”. (Liturgia das Horas)
Dia vinte e seis de julho, no
calendário da igreja, celebramos São Joaquim e Santa Ana avós de Jesus. E no
calendário civil, nessa data, comemoramos o dia do vovô e da vovó.
Queira Deus que cada vovô e vovó
tenha força e desejo de deixar um grande testemunho de união à sua prole.
Deixando como exemplo o trabalho, a fraternidade, a honestidade, a justiça, o
amor...
Que os avós consigam deixar na
mente de seus netos, grandes sentimentos humanitários, tais como: partilha,
doação, respeito ao semelhante, respeito à natureza e a todos os seres vivos;
respeito à paz!
Como exemplo, aqui, sirvo-me de Gandhi, o grande homem da
Índia e do mundo, quando disse:
“Se eu pudesse
deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos
seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo
afora...
Lembraria os erros que foram
cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos
rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais
faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força
para encontrar a saída”. (Mahatma
Gandhi)
Que os netos aprendam que os avós
foram, no passado, uma sementinha plantada no chão de nossas vidas e que hoje
são uma frondosa árvore, com grandes galhos, muitas folhas, belas flores e com
frutos deliciosos; e que abriga e nutre toda sua família.
Os avôs são uma fonte de vida a
espera daquele que, ao calor da dureza da vida, possa descansar e repousar sob
a delícia de sua sombra. Também àqueles desorientados e famintos de conselho,
também a eles, essa sábia árvore oferece-lhes sua sabedoria. Àqueles desnutridos
de bons sentimentos, essa bondosa árvore oferece-lhes seus frutos de amor, paz,
e caridade.
E que todos nós, em geral,
aprendamos a respeitar, amar e dar mais valor aos idosos.
Parabéns aos avôs e as avós!
Americana, 26/07/2004
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VIDA À DOIS
Se muitos casais não são felizes é devido à ignorância e a
preguiça. Aprendemos tudo, mas esquecemos de aprender a viver. Viver à dois é
um “dueto” que muitos pensam poder cantar sem ter aprendido música.
RECEITA DE NATAL
Uso interno:
Dois comprimidos de paz, ao levantar
Duas colheres de esperança, ao dia
Trinta gotas de carinho, às refeições
Solução concentrada de amor, à vontade
Uma medida cheia de alegria, à noite
E um sono de criança feliz, ao deitar.
OTIMISTA
Não permitas que o tempo escravize você. Tome as rédeas de
sua vida. Trabalhe durante o expediente normal, com muita disposição.
Mas não deixe de responder às mensagens da secretária
eletrônica, nem que seja somente com um “oi”.
Escolha mensagens de amizade e otimismo e envie aos seus amigos
e colegas.
Escreva cartas e bilhetes, dizendo às pessoas como elas são
importantes para você.
Abrace bastante seus irmãos, sua família. Distribua sorrisos
a todos os que o rodeiam.
Viver é a mais emocionante de todas as chances que nosso Pai
nos oferece.
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GRANDE MULHER, MARIA
PIRES DE OLIVEIRA...
Vejo aquela mulher, bem vestida,
com seu vestido de chita estampado, quando entra no templo (Capela de Nossa
Senhora da Conceição Aparecida). Faz genuflexão, dirige-se à capela do
Santíssimo. Ajoelha-se e reza. Depois se senta diante da imagem de Maria e reza
o seu rosário. Garanto que pensa no filho de Maria e em toda a sua família.
Agora a vejo sentada na cama ao
lado de seu filho, febril e com dores de dente, ansiosa, dando-lhe remédio
caseiro para curá-lo. O filho ao sentir-se em seus braços percebe-a qual uma
santa. Noutro momento vejo-a no fundo do quintal lavando roupas na biquinha
(mina), enquanto o filho brinca em cima de uma árvore ao lado. Vejo-a, no
curral, enfrentando uma vaca brava – de cria nova -, afasta o bezerro e tira o
leite. Vejo-a também ao lado de seu marido no eito do cafezal carpindo e
plantando, trajando blusa de brim com mangas longas, saiote comprido até aos
pés, lenço estampado cobrindo parte do rosto, chapéu de palha na cabeça e nos
pés um par de alpargatas. Continuo vendo esta forte mulher, agora, assoprando a
brasa no fogão à lenha e ascendendo o fogo para cozinhar; nesta cena o filho
está em cima do “rabo” do fogão para esquentar seu corpinho, pois sua roupa de
frio é muito reles.
Outra vez vejo-a, agora toda
empolgada frente ao espelho, passando pó-de-arroz, laquê e água-de-cheiro, -
enquanto seu marido arreia o cavalo e prepara a charrete - é que hoje ela vai à
cidade fazer compras. Também a vejo sentada junto à sua máquina de costura,
cortando e costurando as chitas, fazendo roupas para a família toda.
Agora a vejo uma senhora de
meia-idade, grávida de oito meses de seu oitavo filho, que desembarca na
estação ferroviária – de uma cidade
estranha - em busca de melhores condições de vida para sua família. Ela está
consciente do grande desafio que à espera (com a mudança da roça para a
cidade), mas, segue confiante, atravessa a avenida em frente da estação e vai
cidade adentro até sua nova morada.
Também vejo esta mulher que,
embora sendo muito religiosa e tendo muita confiança em Deus, se angustia e
chora com o sofrimento do filho que saíra de manhã a procura de um trabalho, e
volta à tarde sem o ter encontrado. Num outro momento vejo-a na porta do quarto
do filho a dizer: Acorde filho. Está na hora. São cinco horas, a fábrica já
apitou.
Continuo sempre vendo essa grande
mulher,agora, abraçada ao seu filho, num abraço de bênção e de boas vindas,
pois ele acabara de chegar da igreja após a cerimônia de seu casamento. Ao seu
lado ele traz sua esposa que também é recebida como filha por essa grande
mulher. Nesse abraço, mãe e filho choram de alegria e emoção.
Como tudo nesta vida passa,
também essa mulher passa. Na U.T.I. de um hospital, ela que tanta vida dá aos
seus, agora não responde à pergunta alguma. O filho tenta falar-lhe muitas
coisas, mas, são poucas as palavras que saem. Ela sente, ela ouve; o seu
coração de mãe percebe que o filho está ali ao seu lado, porém não tem mais
forças para responder, somente duas lágrimas saem de seus olhos, provando que
seu coração continua amando.
Novamente vejo-a enfeitada, bem
vestida e com flores por todos os lados. Todos a beijam e pedem a sua bênção.
Cobrem-na com um véu, fecham-se as cortinas: ADEUS... MAMÃE...!
Porém; - é teimosa a mente do
filho - ele continua vendo essa grande mulher ao lado do seu berço,
balançando-o e cantando aquela música de ninar: nana nenê, nenê não quer naná,
nana nenê que a cuca vem pegar.........
Americana, 12/06/2003 (hoje ela estaria completando
83 anos; porém, a 5 anos mora no céu)
Seu filho:
Nestor de Oliveira Filho
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FONTE DE VIDA
Ó Deus, fonte de vida, ó Deus que
me procuras, que enches minha vida de alegria. Ó Deus dos meus desejos. Ó Deus,
Tu que me buscas, me chamas e vens ao meu encontro. Ó Deus dentro de mim, no
espaço interior. Que amparas o pulsar de minha vida, que estás sempre à minha
espera. Ó Deus que reergues, em teu desejo ardente.
Nós te agradecemos ó Deus, pela
vida do Vitor, nós compreendemos que o Vitor é uma benção em nossa família.
Sabemos que ele é uma graça de Deus no meio de nós. Porém, ainda, somos fracos
na fé, somos pequeninos, impotentes, sentimos que o fardo pesa muito e por isso
te pedimos: vem em nosso socorro! Vós que viveis no Amor, e numa intimidade tão
perfeita na Santíssima Trindade, - Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo -
vem em nosso auxílio e amenize o sofrimento do Vitor e também o nosso.
Ó Deus Pai compassivo, Deus
criador, Deus de nossos pais, de nossos antepassados, Deus dos patriarcas, Deus
de Abraão, Isaac e Jacó; vê nossa pequenez e vem em nosso socorro.
Ó Pai Deus de bondade, de
misericórdia, de graças, de glória, vinde com seu Amor curativo e penetre em
todas as células, desde a cabeça aos pés, e até nas profundezas das entranhas
do corpo do Vitor e cure-o.
Vê nossa aflição e tende compaixão de nós. Pela força do
grande ato de amor do teu divino Filho Jesus - na cruz - ao doar-nos seu
precioso sangue para nossa salvação, cure o Vitor Henrique de Oliveira de todo
e qualquer mal que possa estar nele, e faça desaparecer dele
essa enfermidade que oprime, machuca, judia e que faz sofrer;
tanto a ele como a todos os que o cercam.
Ó Jesus amado vós que nos mandaste bater até a porta se
abrir; mandaste-nos pedir com fé e insistência até sermos atendidos. É com essa
fé e nessa insistência que agora vos peço vem sobre o Vitor e arranque, afaste,
tire dele todo o mal, as amarras, tudo de negativo, todas as enfermidades, tudo
o que está causando sofrimento a ele. Ó Jesus, com tua graça e teu poder curativo,
cure todas as células doentes do corpo do Vitor renovando-as com células novas
e sadias para que ele possa viver intensamente sua vida, - dom sagrado que de
graça Tu nos destes – crescer em estatura, no intelecto, na fé, na caridade e
dar testemunho e glória ao teu nome ó Deus misericordioso e salvador.
E a vós Maria mãe de Jesus, da
igreja e nossa, vós que estais no céu junto de vosso divino Filho, seja nossa
intercessora junto a Deus. Senhor! - se pela minha mesquinhez, fraqueza e
incredulidade eu não for digno de receber o que ti peço - Te imploro, que pelos
méritos de vossa mãe, Maria Santíssima, eu possa alcançar esta Graça. E por
fim, que a benção e tua Graça possa curar e transformar, não somente o Vitor,
mas, todas as pessoas membros da nossa família. Amém!
Nestor e família; 25/09/2003
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NOSSA ÁGUA
“Quando certa
indústria de sucos começava a se instalar na região do bairro Nova Americana,
membros desta indústria insinuaram, prometendo emprego para os moradores do
bairro e dos bairros adjacentes; incluindo-se nisso os desempregados da Vila
Biasi, que é um bairro contíguo à empresa”.
Não sei se foi por
ingenuidade ou má fé, mas, usaram desta fantasia para que a nova empresa não
encontrasse nenhum tipo de resistência por parte dos moradores vizinhos. Pois
sabedores que eram (são) – e aqui devo também incluir o setor responsável da
prefeitura, que autorizou a vinda da empresa – dos problemas e transtornos que
a fábrica causaria para sua vizinhança; e também sabedores que a fábrica é
totalmente automatizada (emprega-se pouquíssimos funcionários e todos
qualificados – como de fato aconteceu: empregou pouquíssimo, e quase todos de
longe), trataram, antes de tudo, de passar um mel na boca das pessoas simples e
de bem, para que elas não questionassem nada sobre sua instalação.
Pois bem, os mesmos problemas que esta fábrica vem encontrando, e
causando, são iguais os que já aconteceram com ela em outras unidades,
inclusive no país de origem. Além de vários problemas já causados, agora é a vez
da falta de água. Depois de perfurarem vários poços por toda região
circunvizinha, ainda estão dizendo que é pouca a água para produzir sucos. E a
prefeitura, que não se importa muito com a quantidade de emprego, mas sim, com
o volume de imposto a receber, autorizou a perfuração de mais alguns poços,
sendo que dois são nas praças da Vila Biasi.
Saberá Deus, o que
pode acontecer com o nosso subsolo que, num raio de duzentos e cinqüenta
metros, tem mais de dez poços, podendo chegar a quinze. Todos eles sugando a
nossa bendita água que, depois de manufaturada, é exportada a peso de ouro
(lucro só da empresa) para vários países.
“Contudo, devo
ressaltar que a empresa está empenhada em resolver todos os transtornos
causados aos seus vizinhos, como as rachaduras nas paredes e coisas mais;
porém, há um impasse entre a prefeitura e a empresa, dificultando as soluções”.
Gostaria de fazer
uma sugestão (pedido) à direção da empresa e ao setor responsável da
prefeitura: Que instalassem uma torneira, pública, no poço que estão
construindo na praça Juscelino Kubitschek de Oliveira, na Vila Biasi, para que
a população do bairro pudesse usufruir dele; ou então colocar água de melhor
qualidade na torneira já existente ao lado da portaria da fábrica, e também
prolongar o horário de seu funcionamento. Digo isso porque; nós moradores da
Vila Biasi precisamos nos locomover até dois quilômetros de distância para
conseguirmos água de qualidade satisfatória.
Uma outra coisa
que a empresa poderia fazer, demonstrando estar inserida com o bem-estar da
vizinhança, é, em parceria com a prefeitura, adotar a praça J. K. promovendo as
devidas melhorias (melhor iluminação, colocar bancos, plantar mais árvores, e
muitas flores, etc...) e zelar constantemente para que não fique em estado de
abandono.
Explico: Como já
estão usufruindo o subsolo, nada mais justo – como prova de gratidão - que
também conservem o solo e o sobre-solo!
Americana, 15/09/2003
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ANIMAIS NA CIDADE
Achei bom, justo e necessário o projeto de lei que obriga os donos de
cães a recolherem as sujeiras que seus animais fizerem nas ruas. Não sei se
será cumprida! (Com ressalvas: Nem sabemos mesmo se a lei será sancionada, pois há uma infiltração
muito grande de covardes na política).
Acredito que a população (consciente) gostou da medida; mesmo os que
possuem os referidos animais: pois sabem que a educação e o respeito são
elementos fundamentais para uma boa convivência em comunidade.
Há duas décadas atrás quando, pela primeira vez, fui ao Rio de Janeiro
visitar parentes em Copacabana, comentávamos: como pode uma cidade bela,
turística, ser tão suja com fezes de animais e ninguém tomar providências?
Naquele tempo Americana era orgulhada por nós moradores e por quem nos
visitava, por ser uma das cidades mais limpa do nosso Estado, e até do Brasil.
Hoje, porém, a situação inverteu-se: ao caminhar pelas ruas de
Americana sinto nojo das fezes e sujeiras que existem nesta cidade que um dia
foi chamada de Princesa. Quanto às ruas de Copacabana, não sinto mais aquele
nojo que sentia, continuo vendo as madames passear com seus cães, mas, não vejo
as fezes nas ruas, certamente fizeram alguma coisa!
Gosto muito de animais; porém eles devem ser adestrados e bem cuidados.
Que me perdoem os “protetores” dos animais; não se pode ofender um cão ou um
gato que já vêem eles com inquirições. Está certo, não devemos maltratar os
animais, e nem os humanos! No entanto por que não vão defender, também, o órfão
ou a viúva do infeliz motorista que morreu após chocar-se com seu carro num
cavalo, bem no meio da rodovia?
Não vale mais o humano do que o animal irracional? Parece-me que, na atual sociedade, não! Pois
vemos humanos (meu irmão, seu irmão) comendo lixo e morando na rua, sem vez,
sem voz e sem oportunidades na vida. Por outro lado vemos animais bem tratados,
tem do bom e do melhor, saudáveis, e até passeiam de automóvel.
Quando uma pessoa é denunciada por maus tratos a animais, logo é
processada criminalmente: isso já vimos nos noticiários. E também lemos que
cães bravos mordem e estraçalham crianças e idosos - e o pior, tudo isso na
rua, lugar de gente andar, e não de cão, cão é no canil - e seus donos dão
aquela desculpa amarela, que não convence mais ninguém. Mas infelizmente - tudo
cai no esquecimento - nem o cão é preso e nem seu dono é processado ou vai para
a cadeia. É lastimável!
No jardim da minha casa tinha um ninho de tico-tico com dois filhotes.
Dias atrás o gato de vizinhos, que vem atrapalhar meu sono, roubar, e sujar no
meu quintal, achou o ninho e devorou-os todos. Certamente os “protetores” vão
dizer que os animais são assim mesmo, é coisa do instinto, que na cadeia
alimentar um come o outro. Eu, porém, digo: lá no mato isso é verdade, mas na
cidade não. Os gatos que vêem roubar, sujar e atrapalhar o nosso sono são gatos
bem tratados, comem carne e muito mais, vivem tranquilos. Acredito que este
gato matou por maldade. (O gato é um dos animais que jamais será domesticado
totalmente, ele sempre carregará os traços de predador).
Se por acaso eu matar este gato ladrão, o que farão comigo? Se tiverem
provas, certamente vou ser processado e, talvez, até (!?) preso.
Aliás, o intrigante mesmo é, quando gatos e cachorros vêem sujar nossos
quintais e nossas calçadas. Será que – se a lei for aprovada - seus donos terão
mais respeito e virão limpa-las? Se eles não tiverem a humildade para fazerem
isso, que ao menos respeitem seus vizinhos, façam
com que seus animais sujem suas próprias casas. Se assim agirem, evitarão os
transtornos que seus animais causam; e terá mais amizades entre os vizinhos.
Obs: Seria bom que nossos vereadores emendassem essa lei, criando um
dispositivo que abrangesse também os equinos, e nela, obrigando todos os
proprietários de animais a colocarem uma identificação. Por uma pequena cisão
introduziria sob o couro do animal um chips pré-numerado identificando seu
proprietário. Assim, quando acontecesse uma infração – exemplo, o assassinato
de um motorista ou de toda sua família, causado por um cavalo na estrada –
seria fácil identificar o proprietário. E garanto, após uma ou duas
condenações, todos que tem animais poriam suas barbas de molho.
Americana, 2004
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RAÍZES DE VIDA
Conversando com meu pai, diante de uma lasca de aroeira fincada no chão
e nela amarrado um dos arames que sustentam a antena da televisão; lasca, esta,
que ele trouxe para Americana em 1962 quando mudamos para cá. Na conversa ele
dizia que há quarenta anos essa lasca estava ali fincada e que o poder
corrosivo do solo não a afetou em nada, e, nesse aspecto, a aroeira é mais
forte que o ferro, pois se fosse ferro já teria enferrujado e apodrecido. E
disse também que, se ela ficar ali fincada, nem seus bisnetos, depois de
velhos, verão o fim dela. Ela durará mais que todos eles. Contou-me que no ano 1959 um dos filhos do patrão o Sr. José Antônio Paro o levou, juntamente com seus
colegas de trabalho, a uma outra fazenda , para cortar um tronco seco de uma
árvore de aroeira que estava há muitos anos caída no meio do cafezal. O patrão
forneceu os machados para todos. O machado que meu pai pegou era novo, bem afiado.
Ele deu uma, duas, três, dez machadadas e nada de cortar a madeira, quando de
repente ouviu-se um estralo no machado e ao olhá-lo, viu-se que sua lâmina
estava dobrada como se fosse uma lata. O machado esquentou tanto que além de
virar o corte, ainda formou um zinabre de cor avermelhada. Um ancião, que
assistia a cena, fizera uma observação dizendo: quando a árvore de aroeira é
erada e a madeira já estiver seca, não se consegue cortar com machado, e sim,
serrando-a com serrote ou trançador. E foi, somente, com a troca das
ferramentas que conseguiram cortá-la e levá-la embora.
Então, meu pensamento viajou muito distante. Foi a trezentos
quilômetros de distância e há exatamente cem anos atrás. Fui imaginando a
grandeza, altura e grossura do tronco dessas árvores de aroeira no meio daquela
mata virgem que, naquele longínquo início do século passado, a família Paro
havia comprado e que, depois de desmatado, fez sua grande lavoura de café.
Floresta essa, que, após ser derruba, deu-se o lugar para a formação da grande
fazenda, ou seja, o próspero Bairro Monte Belo, no município de Colina (SP).
Essa árvore, ou outras tantas iguais a essa, possivelmente passou pelas mãos do
bisavô da Zenaide (minha esposa) Sr. Benedito Paro, seus filhos e sobrinhos na segunda década do
século vinte (1911), quando foi derrubada para a plantação de grandes lavouras de
café. Assim fui imaginando, quanto de vida, de história, de trabalho há neste
pedaço de madeira, e quantas pessoas teriam convivido, olhado, manuseado e
trabalhado com esta estaca no decorrer destes cem anos.
A minha mente foi projetando como num filme, na grande tela do mundo;
os bisavôs, avôs, pais, tios, primos e irmãos da família Paro, e também, todos
aqueles lavradores que moraram naquela enorme colônia, e que lavraram aquelas
terras no decorrer desses longos anos. Quantas alegrias, festejos, triunfos,
glórias; mas também, quantos sofrimentos, desilusões, suor, sangue este pedaço
de pau deve ter presenciado no decorrer desse tempo.
Ah!... Quanta história essa estaca de aroeira me transmite. Que bom
seria se essa humanidade moderna conseguisse sentir tudo de bom, de vida, toda
experiência dos nossos antepassados. Se respeitássemos nossos pais, nossos
avôs, os mais idosos, com certeza, respeitaríamos nossos irmãos e nossos
semelhantes. Aí sim não haveria tanta disputa, desobediência, violência,
desgraça e tanta guerra no meio de nós. Sabemos que o corpo morre, a matéria
passa, mas, o que é espiritual não; as boas obras, sentimentos, virtudes, bons
exemplos, isso não morre. Tudo isso deve e tem que ser passado de pai para
filho, de geração para geração e cultuado dentro da família. Um povo que não
faz memória de seus heróis, de seus antepassados, de seus entes queridos, é um
povo que tende a definhar-se, e não sentir motivos para viver.
Você
leitor pode até discordar de mim dizendo: mas os costumes mudaram, os valores
da sociedade moderna são outros. E eu vos digo: eu sei disso, e é por isso que
esta sociedade moderna está como uma fera selvagem, igual um leão faminto que
há muitos dias não come e nem vê um só pedaço de carne, preste a devorar a
primeira vítima que lhe aparecer na frente... mesmo que seja seu irmão.
Americana, 17/02/2003
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SIMPRÍCIO, O MISTERIOSO
Longe de mim, acreditar em
mula-sem-cabeça, saci-pererê, assombração etc..., mas acontecem certos fatos
que nos deixam atônitos. Refiro-me, aqui, a um fato acontecido no ano de 1910,
quando o meu avô paterno tinha apenas catorze anos de idade. Este fato se
passou na zona rural do município de Rio Claro (RJ), cidade, esta, que fica no
Estado do Rio de Janeiro e se localiza entre as cidades de Barra Mansa e Angra
dos Reis.
Meu bisavô Zózimo Isidoro de
Oliveira tinha um sítio no alto da serra, numa altitude de mais de mil metros,
que por sinal é um dos picos mais alto do município.
Por ser região de mata atlântica,
ainda hoje há vários sertões naquelas serras. Naquela época, diz o meu pai, que
havia todo tipo de caça e pesca, inclusive muitos animais ferozes,
principalmente onças, que volta e meia vinham até o quintal da casa e matavam
bezerros, cachorros, galinhas, quaisquer animais de médio ou pequeno porte que
encontrasse pela frente.
No rancho ao lado da casa, anexo
à despensa, era aonde se faziam as brevidades, quitandas e quitutes para o
sustento da família. Tinha ali o pequeno engenho, a máquina de fazer farinhas e
polvilhos, o tacho para sabão, o forno para assados, o fogão com um grande
tacho para fazer doces, uma grande mesa e no alto perto da cobertura de sapé
tinha os varais onde eram pendurados lingüiças, queijos, toucinhos, carnes
secas e defumadas, tudo para o consumo da família.
Todo sertanejo precisa ter,
também, um bom facão, uma boa espingarda e, bons cachorros para caça e guarda,
e meu bisavô não fugia à regra.
Do lado oposto do morro, depois
de um varjão, morava um rapaz de nome Simprício, ele era solteirão e morava com
sua mãe, uma senhora de idade bem avançada.
Sempre que havia muito serviço em seu sítio o senhor
Zózimo contratava o Simprício para trabalhar em sua propriedade, tanto em épocas de plantio como de
colheitas, e também na época de fazer farinhas.
Certa noite enluarada, após o
Simprício ter trabalhado o dia inteiro no sítio do meu bisavô que havia matado
um porco, feito lingüiça, sabão e farinha de mandioca, o pessoal da casa
acordou com o barulho da cachorrada e de um bicho que rosnava e grunhia dentro
do ranchão. Meu bisavô abriu a porta da cozinha e saiu no terreiro escuro,
também com ele saíram meu avô Ezequiel e seu irmão José que era um ano mais
velho, foram ver quem era que estava roubando no ranchão.
Ao percebe-los chegando, o
misterioso bicho que estava mexendo nas barras de sabão, deu um pulo sobre a
mesa e caiu do outro lado já fora do rancho, nisso eles puderam ver que o bicho
era muito parecido com um lobo, e quando os cachorros o atacavam mais de perto
e o mordiam ele os enfrentava ficando de pé parecendo com um urso negro. E
saíram na correria, bicho e cachorros.
Meu bisavô, mesmo cansado do dia
de trabalho, saiu correndo atrás do bicho, também o Ezequiel e o José, seus
filhos, saíram juntos, mas, por serem adolescentes e estar na força da
juventude corriam um pouco à frente do pai. Depois de ter corrido uns três
quilômetros os dois rapazes desanimaram e voltaram para casa; porém o meu
bisavô continuou na caçada e, caminhando, foi seguindo o bicho. De longe ele
escutava que o bicho parava e enfrentava os cachorros, mas todas as vezes que
ele estava chegando perto, o bicho saia na carreira com os cachorros atrás.
Subiram morro, desceram morro, atravessaram o varjão, quando chegaram no taboal
os animais atravessaram e descambaram para o lado da casa onde morava o
Simprício. O meu bisavô ainda ficou escutando os latidos dos cachorros ao
longe. Nesse momento ele sentiu que a coisa não era boa, e por prudência ele
resolveu voltar, chegando em casa depois de duas horas de caminhada. Quando os
cães retornaram o dia já estava clareando.
Conclusão que tiraram: a) o rapaz
era bem conhecido dos cachorros, se davam muito bem, pois estavam sempre juntos
na casa; b) nunca os cachorros haviam estranhado o Simprício, em hipótese
alguma; c) se o Simprício trabalhou no dia anterior ao fato e estava bem de
saúde e não houve nenhum incidente com ele, mas, no dia seguinte estar doente e
todo mordido pelos cachorros do senhor Zózimo.
De fato, foi o Simprício que veio
no ranchão roubar e comer, mas não na forma de homem e sim na forma de lobo e
os cachorros não o reconheceram! Depois dessa conclusão não sei dizer se era um
lobo ou se era um homem, só me resta dizer que era um LOBISOMEM!...
(09/12/2002)
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NÃO DESMORALIZE A FAMÍLIA!
Não profanai o teu corpo; pois ele é templo do Espírito Santo. Deus é
Amor e não faz distinção entre as pessoas, e mais, dá-nos a total liberdade:
Somos livres, porque somos filhos de um Pai amoroso. Deus, enquanto homem, na
pessoa de Jesus, jamais deixou de amar o pecador, porém, também, jamais deixou
de condenar os atos pecaminosos deste pecador.
Também nós, não devemos condenar as pessoas só porque
elas pensam e agem diferentes de nós; mas sim, repudiar os seus atos quando se tornam explícitos
e venham afetar a paz, a moral, a justiça, a convivência e, ou, a boa índole de
uma outra pessoa, ou de uma comunidade.
Achei justo, prudente, e em boa hora a Câmara de vereadores de Americana
rejeitarem a moção de congratulação à parada gay realizada na cidade de São
Paulo. Rejeitando-a mostraram bom senso e respeito aos seus eleitores, às
famílias e à comunidade americanense. Em boa hora porque essa rejeição deu-se
justamente às vésperas do dia dos pais; dia tão significativo para as famílias
e a todos aqueles que nutrem sentimentos de respeito, obediência e admiração a
esta sublime personagem que é o pai.
Jesus um dia disse: Pai eu te dou graças por terdes escondido aos sábios
e doutores e terdes revelado aos pequeninos e humildes as tuas verdades.
Se abrirmos a Bíblia no N. T.,
Rom 1,18-32 (em especial nos versículos – de - vinte e quatro a vinte e oito),
vamos encontrar a seguinte advertência: “Por isso Deus os entregou, segundo o
desejo dos seus corações, à impureza em que eles mesmos desonraram seus corpos.
Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura
em lugar do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém. Por isso Deus os
entregou as paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por
relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural
com a mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando torpezas
homens com homens e recebendo em si mesmos a paga da sua aberração. E como não
julgaram bom ter o conhecimento de Deus, Deus os entregou à sua mente incapaz
de julgar, para fazerem o que não convém: repletos de toda sorte de injustiça,
perversidade, avidez e malícia”; etc...
O que está faltando nessa sociedade secularista é a fé. Não há dúvida que a fé salva. Basta
percorrer o Novo Testamento e ver quantas vezes Jesus fala da fé: “Tua fé te
salvou” (Mc 5,34), “Tende fé em Deus” (Mc 11,22); ou reclama: “Homens de pouca
fé” (Lc 12,28), “Achará fé na terra” (Lc 18,8); ou ouvir o pedido suplicante:
“Senhor, aumenta minha fé” (Lc 17,5). Por isso São Paulo pôde escrever: no
Evangelho “se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé,
como está escrito: o justo viverá pela fé” (Rom. 1, 17). É claro que se supõe
uma fé verdadeira, que se traduz em obras. Não basta dizer ou professar a fé pela
boca: “Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus” (Mt
7,21). São Paulo aponta os frutos do Espírito, em oposição aos frutos da carne,
para certificar-nos da santidade ou do pecado, que opera em nós. Assim , segundo
ele, são sinais da graça divina em nós: “fidelidade, caridade, alegria, paz,
paciência, afabilidade, bondade, brandura, temperança” (Gal. 5,22 s). Ou
inversamente, são sinais da ausência da graça, isto é, são obras do pecado:
“fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades,
brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras,
orgias e outras coisas semelhantes” (Gal. 5,19 s).
Antes de condenar o grande homem do século, o santo Papa João Paulo II,
sobre a proibição de uniões de pessoas do mesmo sexo, os defensores dos gays
deveriam pensar mais e ter um mínimo de respeito com a religião. E todos
juntos, e também nós, vamos primeiro nos fazermos humildes e pequeninos, e
revestirmos com as graças do Espírito Santo para podermos entender melhor a
mensagem de Jesus.
Vamos valorizar e trabalhar em prol da instituição família; instituição,
esta, criada por Deus que, quando, depois de abençoá-los, disse para o homem e
para a mulher: “Crescei-vos, (e juntos) sede fecundos, multiplicai-vos, enchei
a terra e submetei-a” (Gn 1,28). “Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se
une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2,24).
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PRESERVAR-SE DOS FALSOS AMIGOS
(Exortação baseada nos fundamentos da primeira carta
de São João, capítulo quarto)
Filho amado, não acredite em
qualquer “amigo”, mas examinai o seu espírito para ver se ele provém de Deus,
se ele crê em Deus, pois os falsos amigos provêm do mundo, são mundanos.
Nisto reconheces o que tem o
espírito em Deus: todo aquele (amigo) que confessa que Jesus Cristo é filho de
Deus, que se tornou carne no seio da Virgem Maria, e pratica as suas obras é de
Deus; e todo aquele (“amigo”) que não confessa Jesus e não crê nos seus
ensinamentos não é de Deus; nele impera o espírito do Anticristo.
Este Anticristo está no mundo
para perder as almas; dele - aos apóstolos - Jesus já dizia e, infelizmente,
ele está no mundo atrapalhando a boa convivência entre os irmãos.
Tu, meu filho, és de Deus e tu
tens condições de vencê-lo: aliás, tu já o venceste, pois tu és batizado em
nome da Santíssima Trindade, o Deus Altíssimo, ou seja: Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. E saibas que o espírito que está em você é maior do
que aquele que está no mundo.
Eles (falsos) são do mundo; por
isso falam segundo o mundo e o mundo os ouve. Tu, meu filho, és de Deus. Quem
conhece a Deus te ouve, te entende e te ama; quem não é de Deus não te ouve, e
não quer o teu bem. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do
erro.
Amado filho, amemo-nos uns aos
outros pois, o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece
a Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é Amor.
Portanto, se conhecemos a Deus,
conhecemos também seus mandamentos; então vamos cumpri-los para estarmos sempre
na Graça do Senhor! Nestor – 21/09/2004
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HINO DE AÇAO DE GRAÇA
Senhor, ao término de mais um ano
vivendo no teu amor, quero agradecer-Te e dar glórias ao Teu santo nome. Porque
a Ti eu pertenço e só a Ti, ó meu Deus, eu presto culto de adoração. Oh! Deus
Santo, santo e poderoso!
Como a terra seca clama por água,
também, meu ser deseja-TE ardentemente. Sim, no recolhimento, contemplo-O no
santuário e, em tudo, vejo o Teu poder e a tua glória. Se ao caminhar me
angustio, Tu me revives.
Se meus inimigos vierem contra
mim, o Senhor estende a tua mão contra a ira deles. E a tua direita me salva.
O Senhor Deus fará tudo por mim:
Javé o teu amor é para sempre! Não abandones a obra de tuas mãos!
Oh! Meu Deus, só depois de
penetrar no mais íntimo de meu ser, é que descobri as delícias de tua paz, de
tua mansidão, de tua grandeza, de teu amor; onde posso chamar-Te de Pai, e
sentir no cerne de meu ser como é delicioso ser teu filho, pois, no âmago de
minh’alma eu ouço Tu dizer: fale meu filho.
Jesus, minha vida nada vale sem o
teu amor. Sempre hei de louvar Teu santo nome. Vou bendizer-Te por onde eu for.
E em súplicas, ao Teu nome, levantarei as minhas mãos. Tu sacias-me com as
delícias divinas. E com sorrisos hei de louvar-Te ó meu Deus! Pois, na prática
do Amor maior, Tu vieste nos visitar, na pessoa de Jesus Menino.Tua
misericórdia é bem maior que meus pecados. Por isso me alegro em Ti; não pelos
meus méritos, mas, pela graça da Tua infinita bondade.
Eu estava perdido, e Tu Te
fizeste criança e veio me salvar.
Na sombra de tuas asas eu vivo
com alegria, minha alma está ligada a Ti. A tua direita me sustenta...
Natal de 2003
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VÍTIMAS
DO CAPITALISMO SELVAGEM
No regime de acumulação de
riquezas que o mundo está vivendo hoje, com essa malfadada globalização, a
exclusão do pobre é cruel. Por isso a realidade nua e crua não pode ser
escancarada. A mídia, em quase sua totalidade, faz o jogo da minoria, daqueles
que são os mandantes da globalização. Os jornais e a televisão mostram os
pobres como sendo um estorvo para a boa vivência e a boa governabilidade.
Mostram os pobres como os que não se capacitaram para merecer um emprego. Mas
se olharmos nas prisões veremos que elas revelam o que o capitalismo faz com os
pobres e insubordinados. É um sistema podre fazendo de conta que vai recuperar
gente podre; e com isso só vai aumentando a podridão. Nem vamos falar da
situação carcerária brasileira que está falida; e nem da distribuição de renda
que é um sistema tão injusto e escravizante, que chegaria até fazer inveja aos
antigos Faraós. Pois, nos parece que tudo isso é arquitetado e orquestrado por
uma força “maior”, externa, globalizante. Os Estados Unidos da América, a maior
potência deste sistema, é o país que mais prende pessoas no mundo. Mais do que
toda a União Européia. Segundo um artigo que li a poucos dias, lá estão dois
milhões de pessoas enjauladas. Quase quatro mil no “corredor da morte”, pois o
maior absurdo do mundo “civilizado” lá é comum: a pena de morte. Se houvesse
uma distribuição justa da riqueza entre cada pessoa da humanidade; se não
houvesse, jamais, quaisquer exclusões, acredito que essas gentes não estariam
apodrecendo enjauladas nas prisões. Muitas vezes o capitalismo esquece que os
pobres são a mão de obra geradora de riquezas. Em vez de o regime capitalista
dar condições ensinando, capacitando, reeducando e reciclando essa mão de obra,
- criando novas alternativas em várias frentes e aumentando os postos de
trabalho, dando oportunidade para todos, aumentando a produção, barateando os
produtos, dando condições a todos de matar sua própria fome com o fruto do seu
labor - preferem o caminho mais fácil, que é o da exclusão. Parece mais cômodo
para esse regime matar o excedente da mão de obra com a fome, com a doença, com
a deseducação, - colocando seu capital para render juros exorbitantes e ficar
de papo pro ar esperando seu fabuloso lucro - do que investir o seu capital no
ser humano, fazendo com que essa mão de obra se sinta útil gerando as riquezas
necessárias para a humanidade, como um todo. Só é com o investimento no ser
humano que o capitalismo estará completando a grande obra Daquele que um dia
disse: Crescei, multiplicai-vos e dominai a terra; tudo o que Eu fiz é bom, e
dou-vos para que sejam felizes!
Americana, 07/09/2003
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IMPRENSA (hoje): ESCRITA, FALADA
E TELEVISADA
Perguntaram-me o que eu acho da
imprensa.
Em poucas linhas – com raras
exceções – vou lhes responder assim.
É um invento poderoso; podia unir
a humanidade,
Mas, por avareza e mesquinhez,
poderá leva-la ao fim!
A imprensa é um instrumento de
formação de opiniões, ela tanto informa, como denuncia. Quando ela é dirigida
por profissionais íntegros, homens honestos, presta grande serviços à população. Mas infelizmente só
a minoria deles é assim. São poucos na imprensa que são
capazes em fazer programas aproveitáveis, isso tanto, no rádio, na televisão,
na internet; e poucos são também os bons artigos nos jornais e revistas. Acho
que a maior parte de artigos e programas, juntamente com seus produtores,
escritores e apresentadores não tem a menor responsabilidade para com a
população. Eles não têm a mínima vontade de formar bons homens, boas famílias,
uma boa nação; uma nação que prospere.
Eles fazem programas para
destruir a família, a dignidade, a honestidade e a honra. Eles pregam que, tudo
o que é honesto é bobo, tudo o que é digno é vergonha e tudo o que é honrado é
quadrado e é coisa do passado.
Por que acontece isso? Porque o
capital financeiro está concentrado em pouquíssimas mãos, e nessas mesmas mãos
está quase a totalidade da imprensa.
Sendo assim eles manipulam a opinião pública de forma que
seja melhor para eles faturarem seus milhões de reais (ou dólares), mesmo que
seja em cima da desgraça do povo, da nação.
Essa má imprensa omite, inverte,
inventa fatos. Quando o povo está atento a um fato grave contra ele ou contra a
Nação, fato este provocado talvez em concubinato entre essa má imprensa e a
elite mandante, o que faz essa imprensa? Inventa ou busca muito longe um outro
fato com grande teor sensacionalista para desviar a atenção do povo da tal
gravidade, para que este povo continue sempre dependente, tal como os antigos
escravos em relação ao seu Sinhô.
Porem, felizmente, ainda tem uma
parcela da imprensa que é boa; essa sim vale a pena a gente ouvir, ler e
assistir.
28/04/1999
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SUAVE COMO UM BÁLSAMO
A tarde termina. O dia expira, a
noite desce. Ave Maria.
A natureza veste-se das cores belíssimas do crepúsculo.
Vai formando uma brisa suave, tanto quanto é suave as carícias de uma mãe. O ar
parece impregnado de uma calma e é um refrigério sobre as almas igual um
bálsamo. Ouvem-se os sons melodiosos que, convidando à meditação, brotam do
campanário. Essas ondas melodiosas têm o poder divino de animar as forças do
espírito abatido. Essa suavidade celeste penetra os lares dos abastados que
acostumaram esquecer do céu e com a mesma intensidade adentra os lares dos
pobres vergados para a terra pelo sofrimento. Suavidade refrigeradora que
visita, tanto o intelectual no seu escritório, como o operário que deixa a
oficina ou a indústria alquebrado pela canseira do dia. Essa paz suave do
anoitecer percorre os campos, as roças e as moradias dos lavradores e desliza
pelo horizonte até chegar ao mar para falar do céu aos pescadores que voltam
com seus barcos. Ave Maria, hora sagrada, fonte de fé, de amor, e de certeza
para todos que acreditam em Jesus e recorre à proteção e intercessão de Sua Mãe
Maria Santíssima. Ave Maria, calmaria suavizante, fonte de esperança para os
habitantes desta terra ingrata que se sentem abatidos porque não se refugiaram
no manto da Virgem Santa. Ave Maria, brisa que passa pelo grande descampado
carregando consigo vozes melodiosas de Anjos à nos lembrar; Deus é grande, é
poderoso, é o dono do sol, da lua e das estrelas. Dono do dia e da noite. Meu
dono, meu Deus e meu Pai!
Americana, 27/11/2001
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SÊ FORTE
Sinta a força de uma montanha
Olhe a majestade de uma grande
árvore
Seja caloroso como um sol de
verão
Faça-se lapidar, tornando-se um
mármore
Use a calma de um mar tranqüilo
Faça generosidade com toda
clareza
Sinta-se confortável nos braços
da noite
E tenha a bondade da mãe natureza
Tenha a força do vôo da águia
E alegria de uma manhã de
primavera
Procure ser sábio como as ervas
Enceta o caminho, não fique na
espera
Tenha a fé de uma semente que
brota
E a paciência da eternidade
Sinta o amor de uma família
Caminhes teus passos com
felicidade
Quando um dia assim se sentires
Tenha certeza serás um vencedor
A sua estrada estará completada
Porque você fez a experiência do
amor
Nestor -17/09/2005
Hoje,
minha filha, Auxiliadora/Edivaldo completam 11 anos de casados.
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CAFEZAL
O cafezal, quando florido,
É uma noiva enamorada.
Seu brancor resplandecente
É um verdadeiro presente:
É a natureza encantada.
A branca flor do cafezal
À exalar o seu perfume,
Faz revoar os beija-flores
Num espetáculo multicores;
E as abelhas num enxume.
Cai a flor e nasce o fruto,
Logo o grão amadurece.
Todos correm na fazenda,
A moçoila troca a renda,
E a festança acontece.
A tulha é preparada
Pra guardar a produção.
Antes toca o sanfoneiro,
Pra casado e pra solteiro
Dançar com satisfação.
Depois chega a colheita:
Põe secar no terreirão.
É uma festa sertaneja,
O café cor de cereja,
Todos juntos em mutirão.
Dia de N. S. do Rosário, 2005
- 59 -
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VENTOS
Os ventos que vão para o norte
São os mesmos que vão para o
leste.
Também eles vão para o sul,
E às vezes seguem para o oeste.
Depende de cada pessoa:
Os seus argumentos levantam.
Se tiverem sentimentos de amor...
Para esses os ventos só cantam.
Ventos que cortam Campinas,
Ninguém sabe onde eles moram.
Os tristes ouvindo-os murmuram:
Pensam só que os ventos choram.
Estando a soprar sobre a mata
Os ventos balançam e curvam;
Assim os medrosos lamentam
Dizendo que os ventos só uivam.
Tendo limites; o homem
Vê que a natureza é bela.
Então vamos ser tolerantes,
Tanto na brisa ou procela.
Americana, 20/09/2005
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OTIMISMO
Um minuto é tempo suficiente
Para você mudar sua vida.
Um minuto bem pensado,
Vale mais que cem horas
impensadas.
Um minuto serve para você ver o
caminho,
Olhar uma flor e sentir seu
perfume
Um minuto serve para você sorrir
E neste sorriso transmitir
alegria e vida.
Basta um minuto para você
estender a mão
E levantar um irmão caído.
Um minuto serve para você amar
E deixar-se ser amado.
É num minuto que você poderá dar
o seu sim:
Sim, este, que irá modificar sua
vida.
Num minuto você pode amar,
buscar...
Um minuto serve para você partilhar,
perdoar.
Basta um minuto de compreensão
Para você fazer alguém feliz!
Nestor = 26/09/05
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MARIPOSA
Quando nova ela era musa
Dos poetas, a inspiração.
Seu viver à muxoxar;
Uma pura ilusão.
Passou o tempo qual faísca,
Fulminante lampejar,
De musa virou museu,
Hoje vive a mussitar.
Cortejada mariposa,
Por não se tornar uma esposa
Tornou-se numa marionete.
Desvairada hoje se arca,
Não lucrou com a fuzarca,
Só murmúrio ela repete.
Nestor – 29/09/2005
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Á
FESTA DA BICHARADA
Americana, 17/10/2005
Corre muito e é veloz
A avestruz é ave grande
Mas quando ela vê o perigo
Sua cabeça ela esconde
A águia, deusa das aves
Vive só lá nas alturas
Quando ela faz vôo rasante
Suas garras a presa segura
O burro tem muita força
Mas inteligência, dizem que não
Quando não está no arado
Ele está puxando o carroção
Ao nascer ela é lagarta
Depois vem a mutação
São borboletas revoando
Nos jardins em floração
Cachorro é o amigo do homem
Diz assim, velho, ditado
Porem, juízo ele não tem
Mesmo sendo bem adestrado
A cabra é mansa e medrosa
Berra pra chamar a atenção
Esteja no vale ou nos morros
Seu leite é alimento bom
Carneiro bichinho divino
Entrega sua vida sem berrar
Sua lã é um bom cobertor
Para o nosso corpo esquentar
O camelo é desengonçado
Mas é útil lá no deserto
Quando apostei neste bicho
O resultado deu certo
No jogo até pode dar sorte
Mas a cobra é traiçoeira
No início foi amaldiçoada
À rastejar-se e a comer poeira
Bicho bonito é o coelho
No jogo quebra o azar
Aquele que é mandingueiro
Não deixa de seu pé carregar
O cavalo serve o homem
É bonito e muito forte
Montado nele, o imperador
Gritou: independência ou morte
É o maior dos animais
Porém, é pouco elegante
Vocês sabem quem é ele?
É o enorme elefante
No jogo da bicharada
Sempre tem um ganhador
O galo sempre é o melhor
Se o assunto é ser cantor
Não existe jogo algum
Que fica isento de ladrão
O gato por ser manhoso
Ganhou a difamação
Seu andar é desengonçado
Em terra, não tem destreza
O jacaré é mais valente
Quando está lá na represa
O leão diz que é o rei
Na jogatina meteu sua pata
Porém, o homem que é mais astuto,
Com um só tiro, a ele mata
O macaco entra no jogo
Somente para despistar
Faz micagem e faz careta
Com a intenção de atrapalhar
O porco é um bicho azarado.
Ganhar ou perder: é o mesmo...
O que mais vale ao final
É o seu gostoso torresmo.
Das ramagens do sertão
Ele veio pro jogo enfeitar.
Suas penas são multicores;
É bonito o pavão desfilar.
Com uma grande exibição
Ele entra para jogar
O peru roda bonito
Pra sua fêmea se entusiasmar
Numa pose exuberante
O touro entra neste jogo
Numa luta tão ferrenha
De suas ventas cuspe fogo
Põe à espreita a sua presa
Na corrida ele é veloz
Na jogada só quer ganhar
Esse tigre é bem feroz
No jogo tem que ser paciente
E não pode desanimar
Olhe a experiência do urso
Que, em neve, vai se embernar
Eta bichinho bonito!...
Que vive em campina e prado
No jogo é o mais concorrido
Muito esperto é o veado
Pra fechar o nosso jogo
Eu vou usar uma porteira
Trancar os bichos aqui
Juntos com a vaca leiteira
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TEMPO
ANTIGO
Existia à tempos passados, numa
fazenda, lá nos sertões, uma família que tinha três moças, lindas,
trabalhadeiras, porém a rapaziada da colônia jamais tinham ouvido uma só palavra
pronunciada pelas bocas daquelas jovens.
Os moços viviam intrigados e queriam saber o motivo pelo
qual elas não falavam. Uns diziam que elas eram muito acanhadas e outros
achavam que elas eram mudas. Então alguns rapazes da colônia que até nutriam
simpatia por elas, combinaram entre si e tramaram um plano para desvendar o
mistério.
Certa tarde os amigos viram que
os pais das jovens saíram em direção à cidade, ficando apenas as três filhas em casa. Então decidiram
que aquele era o dia propício para ouvirem as vozes das donzelas, ou então
descobrir que de fato elas eram mudas.
Foram até a residência da família
e bateram palmas, a moça mais velha abriu a porta, eles achegaram e viram as
três irmãs na sala, cumprimentaram-nas, elas retribuíram fazendo sinal com a
cabeça, porém, nem uma só palavra foi pronunciada. Os rapazes fizeram mais
algumas perguntas e elas continuaram respondendo somente por sinais.
Diante disso o rapaz que estava
encostado no portal e com o pé esquerdo em cima da soleira da porta, numa
postura de quem desejava entrar, pediu um pouco de água dizendo que estava com
muita sede. Prontamente a garota do meio foi até a talha, pegou a cumbuquinha (vasilha
feito de cabaça) que lhes servia de caneca, encheu-a de água e a trouxe, feliz
e sorridente.
Ao entregar ao rapaz, ele fez
como que ia pegar a água, porém não a pegou e a cumbuca espatifou-se no chão
voando cacos e água por todos os lados. Com o susto que levou, a moça
pronunciou essas palavras: quebô o
pucaim di mamã! Ao ouvir a irmã falar, a mais velha à repreendeu dizendo: mamã
num faiô qui num faiassi? A caçula vendo que as irmãs tinham descumprido a
ordem da mãe falou assim: bem fi eu qui num faiei...!!!
E com isso os rapazes saíram
satisfeitos por terem desvendado o segredo.
31/10/2005
- 67 -
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TRISTEZA
Estou
com saudade da mãe, uma saudade dorida, que me arde. Estou como palha, no
paiol, em tarde de calor. Tanto ressecado como uma roça de milho depois da
colheita. Tão murcho e triste como vara de coivara depois de um fogaréu. Vislumbro
na amplidão o tremular do calor do sol em contato com o chão duro. Isso traz
mais saudade, e aumenta ainda mais o ardor do ressecamento da minha alma,
causado pela ausência saudosa, daquela, de quem eu sou parte. Hoje tudo está
triste, meu rosto me envergonha, ao olhar no espelho. Procuro amparo em meu Deus , assim triste,
tenho saudade da alegria. Olho o crepúsculo no horizonte e vejo o sol que se
vai embora, vai repousar na casa de meu Deus. Como ele traz saudades dos velhos
tempos! Pois é naquela casa que, hoje, mora minha saudosa mãe!
12
de junho, dia de seu aniversário.
- 68 -
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MAIS
QUE UM HOMEM
Um dia chegou um homem, mas, não
era só um homem, era mais do que um homem, era diferente, falava diferente,
agia diferente, era mais que os outros, porém se fazia o menor de todos.
Sua voz aquecia corações gelados.
Suas palavras encantavam e confortavam todos os desesperançados; suas mensagens
eram verdadeiras e enchiam de fascínio os que o escutavam.
Neste homem havia esperança e
quem via suas obras ficavam maravilhados. Quem olhasse para este homem percebia
que havia alegria nos seus olhos; seu olhar transmitia bondade.
Todos seus gestos levavam à
liberdade e havia um futuro em seu destino. Seu caráter transmitia força; leal
era seu coração, e, cheio de amor e de misericórdia.
Este homem era um homem de
oração, e em suas orações havia um clamor ao Pai. Este Pai era seu confidente
em suas ansiedades, e, nas suas angústias, era um Deus em seu grito.
Suas obras mostravam o gênio que
este homem era. Seu coração era fiel, compassivo, compadecido e apaziguado. Sua
vida de entrega e de doação é que deu um sentido na sua morte. Naquele homem
transparecia que havia um tesouro no seu céu. E quem o acompanhou até o fim viu
que havia uma vida na sua morte.
Um dia houve um homem e neste
homem havia uma ressurreição. E esta ressurreição uniu a terra com o céu e
inundou os corações de alegria e Paz!
21/10/05
- 69 -
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DINHEIRO...
O dinheiro compra a Bíblia...
Mas não compra a salvação.
O dinheiro compra a
estabilidade...
Mas não compra a paz.
O dinheiro compra o relógio...
Mas não compra o tempo.
O dinheiro corrompe o homem...
Mas não compra a consciência.
O dinheiro compra o supérfluo...
Mas não compra a saciedade.
O dinheiro oprime o homem...
Mas não compra a sua vontade.
O dinheiro compra o jogo...
Mas não compra a lealdade.
O dinheiro compra o estudo...
Mas não compra a sabedoria.
O dinheiro compra a lei...
Mas não compra a justiça.
O dinheiro compra a terra...
Mas não compra o céu.
O dinheiro compra muitas
coisas...
Mas não compra a morte.
29/09/2005
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NAQUELES
TEMPOS
Há muitos anos naqueles sertões,
por volta de 1908, dois rapazolas, irmãos, um com 16 (José) e o outro
(Ezequiel) com 14 anos queriam aprender a tocar viola. Como o comércio da
cidadezinha (Rio Claro –RJ) em que moravam não lhes oferecia opções de escolha,
decidiram então ir comprar a violinha na cidade de Angra dos Reis. Como eram
ainda garotos inexperientes para esta jornada, convidaram o cunhado Honório dos
Santos que era casado com Leopoldina, irmã mais velha deles.
Naquele tempo já havia a estrada de ferro que ligava Minas
Gerais com o porto de Angra, passando por Barra Mansa, Rio Claro, Lídice – que
na época era Capivari – chegando a Angra
dos Reis.
Como era de costume, por todo
lugar que os caboclos iam às redondezas, iam a pé; dificilmente era embarcado
ou com outro tipo de condução. E nesta empreitada, além de serem acostumados,
ainda precisavam economizar, então por isso foram a pé e não de trem. A
distancia de Rio Claro a Angra é de 60 quilômetros ,
subindo e descendo morros, atravessando matas, passando nos rios por dentro
d’água, pois não havia ainda as pontes. Fizeram este trajeto seguindo às vezes
por estrada de rodagem de terra, às vezes pelo leito da linha férrea e às vezes
pelas picadas por entre o mato.
Saíram bem cedinho, cada um com
seu embornal com comida e água para a viagem. Andaram horas, e quando chegaram
às margens do rio e vendo aquela imensa largura e a correnteza nas águas os
garotos tremeram de medo. O cunhado, com mais idade e experiente atravessou as
águas brincando, enquanto os garotos olhavam espantados da margem de cá. Do
outro lado o Honório falava: venham, não tem perigo, passem por onde eu passei. Querendo seguir viagem e
não tendo outra opção, também os dois lançaram-se água à dentro. Quando já
estavam no meio do rio o pavor era tanto, e olhando para a água corrente
começaram ficar com tontura, desesperaram e começaram a gritar por socorro. No
mesmo instante o cunhado que era prático gritou para eles que não olhassem para
a correnteza e sim para frente na direção dele lá na outra margem do rio. Assim
dessa maneira, ao tirarem os olhos da água e firmando-os num ponto fixo a
tontura passou e cruzaram o rio sem mais problemas. Passado o susto e recobrado
as forças puseram os pés na estrada novamente, encetando rumo a seus destinos,
que estava longe ainda.
Andaram várias horas, e a tarde
já vinha chegando, um pouquinho mais adiante alcançaram um espigão, e do
alto avistaram que do lado do mar vinha
um temporal de encontro com eles. Aí o desespero foi total e começaram a rezar.
Nisso, como que num milagre, poucos metros à frente, avistaram uma casinha distante
cem metros da estrada, então correram para lá. Na casa tinha um homem sentado
na sala, perto da porta, com uma faca na mão descascando e chupando uma cana
caiana. Pediram licença para se protegerem da chuva pois o temporal estava
chegando e era feio; os relâmpagos riscavam o céu de cima em baixo. Aquele senhor
respondeu: Eu não sou o dono da casa, mas vocês podem entrar, o dono está na
cama debaixo do cobertor tremendo de frio e com maleita.
O garoto mais novo se admirava em
ver a calma daquele caboclo sentado à porta do
rancho com a faca na mão no meio daqueles coriscos. Quando a chuva
chegou, por não ter tramela na porta, aquele homem calmo encostou a porta e
dali da cadeira estendeu a perna e ficou segurando a porta fechada com um dos
pés e continuou chupando cana. Ele batia a faca numa ponta da cana e varava na
outra, voava casca pra todo lado. Porém os três companheiros estavam inquietos
e com medo, da faca, dos relâmpagos e da maleita. Passado a chuva o Sr. Honório
perguntou ao sertanejo se estava longe a cidade de Angra, no que ele respondeu
que estava a uns três quilômetros, então agradeceram o abrigo e saíram.
Já eram 8 horas da noite quando
chegaram em Angra dos Reis. Como não tinham parentes na cidade começaram
procurar uma pousada, porém não conseguiram encontrar pois a cidade estava toda
alagada divido ao temporal. Com muito custo conseguiram encontrar um salão
vazio de um armazém, porém não conseguiram dormir bem por causa da molhadeira.
No dia seguinte bem cedo foram
para o comercio comprar a viola para o José. O cunhado Honório quis comprar
cocos. Como ele era muito seguro, em vez de comprar cocos secos, comprou-os
verdes, somente porque eram mais baratos, assim pôde comprar vários deles, e
por este motivo a viagem de volta foi mais penosa porque cada metro que andavam
os cocos iam pesando mais, devido a canseira.
Imaginem naquela estrada cheia de
curvas e subidas, e aquele saco de cocos verde nas costas, não agüentava mais.
Por sorte o Honório tinha um amigo que trabalhava na estrada de ferro, e ele se
chamava Eduardo Fragoso. Então pararam nesta casa para descansar e jantar. O
Ezequiel que era o mais novo, ainda meninão, acabou de jantar, cansado, olha
pro lado, viu uma caminha ali perto, não deu outra, caiu na cama e só acordou
no outro dia.
Não antes de despedirem e
agradecerem, ao raiar do sol, com a viola e os cocos, saíram da casa do Sr.
Eduardo e puseram-se a caminhar, chegando de volta em casa no início da tarde
do terceiro dia de viagem.
Menos de um ano após essa viagem
aconteceu um fato muito triste envolvendo o Sr. Eduardo. Ali perto de Rio Claro
os americanos estavam construindo uma usina hidroelétrica no rio das Lajens, e
a turma de operários era todos portugueses.
Naquelas épocas não tinha os
maquinários para empurrar aquelas enormes pedras, então os portugueses as
empurravam com alavancas de ferro. Muitas
vezes o José e o Ezequiel havia idos até a barragem para ver os serviços; eles
admiravam o trabalho, e achavam engraçado quando aquela enorme pedra era
empurrada e dava um tombo e saia rolando ladeira abaixo e os portugueses
gritavam em tom de cantoria: labai ela, labai ela, labai ela... Esses mesmos
trabalhadores também fizeram um túnel para atravessar o rio por baixo da serra.
Pois bem, o Eduardo era ferreiro
e possuía um fole para dar força ao fogo quando trabalhava nas ferragens e
trilhos da estrada de ferro e havia emprestado este fole para os portugueses há
algum tempo. Ele já tinha cobrado a devolução da máquina várias vezes, porém os
empreiteiros não devolviam e nem mostravam vontade em devolver. Por este
motivo e para não perder seu aparelho o Eduardo resolveu ir buscar o fole lá no
canteiro de obras, e queria leva-lo, custe o que custasse. Depois de muita
conversa, começou uma discussão mais acirrada e brigaram. Na briga o valente
Eduardo matou dois portugueses, e ia matar todos se não fosse o cozinheiro da
turma que, às escondidas, saiu da cozinha com uma lasca de madeira e por trás
golpeou o Eduardo na cabeça, derrubando-o no chão. Aí juntaram todos e mataram
o Sr. Eduardo.
Essa história eu conto para dizer
que devemos ser, corajosos sim, porém, prudentes; usar sempre a mansidão e
nunca a violência.
Esse fato aconteceu 10 anos antes
de meu pai (Sr. Nestor) nascer, e ele está contando isso hoje, 97 anos depois
do acontecido.
Os senhores Honório, José e
Ezequiel, além de bons lavradores foram bons religiosos. O José foi também bom
violeiro e repentista. O Ezequiel além de bom caçador foi também meu avô. E meu
pai além de tudo isso é um bom contador de causo!!!
Americana,04/11/2005
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JESUS CRISTO EUCARÍSTICO
Nesta oração pedimos a Jesus Cristo Eucarístico, o Deus vivo no meio de
nós, juntamente com o Espírito Santo, enfim, a Santíssima Trindade para que nos
dê um coração COMPASSIVO, um coração COMPADECIDO, um coração APAZIGUADO.
E que este coração Compassivo
revele esta compaixão ao mundo. Um coração que tenha sentimento da dor alheia,
que compadeça com toda essa dor e sofrimento em nossos lares: em nossas
famílias que sofrem por falta de justiça, de afeto, de companheirismo, de
amizade e de paz; neste mundo tão desigual. Mundo este que, nos dias atuais,
parece só proliferar a violência, a guerra e a desgraça entre os povos;
aniquilando vidas, sonhos, povos inocentes e indefesos, e até a própria
natureza.
Pedimos a Ti ó
Cristo Eucarístico que nos motive nesta compaixão, e assim com este sentimento
possamos lutar contra todas estas situações de morte que há em nosso meio.
Te pedimos também ó Jesus, que através desta Santa Eucaristia, deste
Maná Celeste nos dê um coração Compadecido,
um coração enternecido, meigo, terno, afetuoso, piedoso, enfim um coração
caridoso, pois, só assim é que vamos enxergar no rosto de cada irmão, de cada
irmã a imagem de Ti ó Deus bondoso. Tu que Te entregastes à morte para a
salvação do mundo e que ressuscitastes Glorioso cheio de honras e poderes, para
que também nós pudéssemos, Contigo, um dia, ressuscitarmos na sua Glória, e
assim podermos gozar das alegrias eternas, no Reino que preparastes para nós.
Mais uma vez nós Vos pedimos ó Pai; que este Cristo Jesus Eucarístico, e
vivo entre nós, nos dê um coração Apaziguado;
um coração calmo e paciente. Que o Cristo nesta Eucaristia se espalhe, se
expanda como um bálsamo suave sobre nós e deixe nosso coração pacificado,
aplacado, aquietado, acalmado. E assim poderemos, enfim, sem medo e sem rancor,
transmitir um para o outro esta paz que provem deste nosso Deus, que é um Pai amoroso
e misericordioso. Amem!
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CANTORES DA FLORESTA
No reino abençoado das matas,
Tão belo, com flores, ornado.
Com rios correndo em cascatas
E com pássaros cantando rimado.
Lá dentro tudo é harmonia,
Tem um pelo outro respeito:
Mistura de sons, melodia;
À louvar nosso Deus, que é
perfeito.
O homem temente a Deus,
Não sendo nunca ateu,
Tem sempre mais compaixão.
Adentra nesta floresta,
Participa da grande orquestra,
E faz-se de tudo isso irmão!
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PRIMEIRA
COMUNHÃO
Hoje (06/11/2005) está sendo um
dia especial, um dia muito feliz. Estou neste momento junto com minha esposa e
também com a família de minha filha dentro da igreja de São Francisco de Assis
participando da primeira comunhão do meu primeiro neto, Bruno.
Sinto-me orgulhoso em participar deste momento singular, e
a felicidade se expande e de meus olhos caem lágrimas de emoção, pois o vejo,
bem na minha frente, no altar recebendo a Santa Hóstia, o Corpo e Sangue de
Cristo Eucarístico. Deus seja louvado! E que o Senhor abençoe o Bruno hoje e
sempre.
Como é grande o nosso Deus...! E
quão grande é o amor que nos amou e nos ama. Sinto o quanto somos amados e
queridos por Ele; e percebo também o quanto somos grandes e preciosos quando
estamos unidos a esse Deus misericordioso.
Vejam, Ele nos engrandece tanto,
nos eleva tanto a ponto de um pequeno coração humano se tornar tão grande e
acolhedor, e servir de morada a esse Deus imenso, esse Deus que é maior que
tudo, maior que o mundo: Esse mundo maravilhoso de meu Deus.
Hoje o sol da justiça, o sol da
misericórdia, o sol da esperança, o sol que aquece corações brilha mais forte,
e a luz da Santíssima Trindade deixa mais claro nosso caminhar. O Espírito
Santo de Deus inunda de graças e bênçãos esta Capela. Percebe-se que o Espírito
Santo passeia por entre os fiéis como uma brisa suave, como um bálsamo suave a
perfumar todo o ambiente.
Muito obrigado meu Deus, por
ter-me chamado à vida. Que minha vida, e em especial este momento, seja sempre
para dar Graças e Glórias ao Vosso Santo Nome. Amém!
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FÁBULA
AMOROSA
Um dia, quando, ainda, Deus
moldava o reino vegetal, uma flor, grande e amarela, abriu suas lindas pétalas
perfumadas e disse ao grande luzeiro, que passeava de horizonte à horizonte:
- Inunda-me com teus raios,
aqueça-me com teu calor, dai-me tua luz para que eu possa ter vida, cativa-me
com teu brilho esplendoroso, transmita-me tua energia, ama-me com teu coração
de fogo!
E o sol, distante no firmamento,
grande porém humilde, respondeu meio acanhado:
- Sou grande e transmito vida,
porém não sou digno de tão grande ventura, mas, já que me pedes, e vendo tua
bela formosura, amar-te-ei por amor daquele que é amor somente, e serei teu
eternamente.
A toda manhã essa declaração de
amor se repete: a flor se oferecendo à luz e a luz se propagando sobre a erva.
Quando o sol se afasta, a flor, sempre fiel a ele, se recolhe, mas fica à sua
espera. E quando o sol, teu amado, surge rompendo as colinas no horizonte, a
flor, então, se reergue e cheia de júbilo se enfeita e pinta de cores e abre-se
em festa numa sedução apaixonada de amor.
Americana, 11/11/2005
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DOIS
MUNDOS NO MEU MUNDO
Num dos meus mundos, meu Senhor
Eu vejo flores, vejo florestas
E vejo serras e até montanhas
Eu vejo as fontes e ondas no mar
Jardins floridos e beija-flores
E ouço o canto do sabiá
E tem latidos e tem relincho
Às vezes gritos, e tem mugidos
O vento zumbi nos meus ouvidos
Traz de bem longe belas cantigas
Vem balançando os arrozais
É um refrigério, anima a gente
Tremula as folhas dos milharais
E no outro mundo, meu Senhor
Vejo horizontes e tem mais luz
É o grande sonho da igualdade
E assim eu luto para descobrir
Por que na vida tanto mistério?
Por que tantas trevas,
separações?
Por que sofrimento, desilusões?
Por que a morte e tantas cruzes?
Pensando bem, oh meu Senhor...
Tem muito amor, tem o carinho
Tem caridade, tem muitas luzes
Tem a esperança deste Teu povo
Que acredita no amanhã.
Americana, 19/11/2005
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COISAS
DA FÉ
As famílias eram pobres e viviam na zona rural de uma
pequena cidade do interior, norte, paulista. Eram seis famílias parentes, e
moravam em várias fazendas vizinhas. O grupo era constituído por famílias
novas, todas com várias crianças, exceto a do patriarca. Esses parentes eram
bem unidos e tinham muita fé em Deus.
Era de costume nos Domingos e
dias Santos de guarda, fazerem um almoço melhor e, também, uma mistura
diferente; não achavam digno num dia santo uma refeição sem mistura.
Naquele ano a carestia era tão
grande que poucas famílias tinham mistura todos os dias, a maioria tinha apenas
em algumas refeições.
No dia 23 de junho, véspera de
São João, daquele ano um dos filhos chegou para a mãe e exclamou: amanhã é dia
de São João e nós não temos nenhuma carninha para comer! A mãe, pesarosa,
porém, com muita fé abraçou o filho e disse: Deus dará um jeito; e São João vai
arrumar carne para nós. E foram dormir.
No início daquele mesmo ano, na
fazenda vizinha onde morava uma outra dessas seis famílias, aconteceu de uma
vaca do patrão ser vítima de uma doença esquisita, parecia louca, ela corria
pelo pasto e trombava nas cercas e morreu.
Imagina-se que o tal patrão, dono
da vaca, com medo de perder todo o seu rebanho pela contaminação da doença,
teria feito uma promessa pedindo a São João a proteção de seu gado; e de fato
nenhum outro animal adoeceu. Então, como gratidão, e cumprindo a promessa, na
véspera do dia do santo ele matou uma novilha gorda, sadia, e doou a maior
parte da carne para as famílias de seus colonos.
– Entre os pobres é normal o costume quando um
ganha um alimento sempre reparte com mais alguém. –
Ao receber aquela baciada de
carne fresquinha a senhora da casa lembrou que sua cunhada da fazenda vizinha
passava por dificuldades maiores. Partiu a carne ao meio e mandou seu filho
mais velho levá-la até a casa da tia e dizer que a mãe havia ganhado da fazenda
e queria repartir o presente com ela.
Tamanha foi a satisfação, quando,
no dia 24, dia de São João às oito e meia da manhã chega em sua casa o menino
com aquele baita pedaço de carne e lhe entrega. Os primos pulavam de alegria e
a mãe com as mãos em posição de oração dizia aos filhos: Lembram que eu falei
para vocês que São João ia arrumar mistura para nós! Aí está a carne! Deus deu
um jeito. E continuou a falar dando Glórias a Deus...
Nota: O menino que levou a carne para a tia é o meu
pai, que na época tinha apenas onze anos de idade.
12/11/2005
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MOURÃO
DE CERCA
Aquele antigo mourão de cerca
Fez reviver a minha infância
Quando de cima daquele mourão
Vi os horizontes, com emoção,
Que eu avistava quando em
criança.
Naquelas terras eu já trabalhei
Eram bonitos os cafezais
Cantavam jaós e os canários
Sons melodiosos, belos hinários,
Chupins em bandos nos arrozais.
Mourão de cerca, quando eu
menino,
Na noite escura eu te procurava
Ali eu brincava, quanta alegria,
Dos coleguinhas você me escondia,
Qual fiel amigo, não me
denunciava.
Vendo-te mourão ai solitário,
Imóvel, cumprindo sua servidão
Todo cravejado de arame e prego.
Já te machuquei; isso eu não nego:
Deve estar sofrendo essa
ingratidão.
Também eu sofri longe dessa terra
Vaguei pelo mundo cheio de ilusão
No meu peito chora um coração
magoado
De injustiça e dor todo
cravejado:
Procurei amor ganhei solidão.
Passaram os anos, e te vejo
inerte,
Ao contrário de ti cruzei muito
chão.
Porem nossas vidas não tem
diferença,
Servir sempre foi a nossa
pertença;
Onde estivermos cumprir a missão.
30/11/2005
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A
ALEGRIA DE SONHAR
Eu te convido vá lá ver a minha
terra
Estarei à tua espera com café,
manteiga e pão
A prosa lá é honesta e verdadeira
A vizinhança é companheira e não
tem difamação
Ela é bonita e está no alto da
colina
Encoraje se anima, vá conhecer o
meu rincão
Lá não tem serra, mas é lindo o
horizonte
Quando a lua atrás do monte,
parece beijar o chão
E digo mais, as mulheres são
bonitas
Com seus vestidos de chita e no
olhar a sedução
Todos trabalham e se divertem sem
censura
Também tem muita fartura pois é
repartido o pão
Na minha terra trapaceiro não tem
vez
Lá só tem homem cortês e a honra
é respeitada
É um paraíso onde reina o amor
O bem tem mais valor e a partilha
é praticada
Você precisa conhecer a minha
terra
Naquele chão prospera toda boa semente
É um jardim, cultivadas lindas
flores
São bons valores que estão dentro
da gente
Felicidade só se tem quando se
doa
Por isso a vida é boa lá na minha
cidade
O amor floresce e correm livres
as crianças
É uma grande bonança espalhando a
caridade
Minha cidade é um mundo de
ternura
Não existe falcatrua, nem
partido, nem juiz
Não tem político, nem soldado,
nem banqueiro
O povo é muito ordeiro e sabe
viver feliz
Vocês percebem que foi lindo o
meu sonho
Nisto eu suponho que todos querem
sonhar
Então eu peço amem todos de verdade
Não deixem a realidade este sonho
atrapalhar
03/12/2005
- 83 -
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ACONTECIDO
Na guerra do Brasil com o
Paraguai que teve início no ano de 1860, época do segundo império brasileiro e
o imperador era D. Pedro II, meus dois tataravôs paterno, Joaquim de Oliveira e
Mariano Antunes mandaram alguns de seus escravos para as batalhas no Paraguai.
Lá morreram alguns, e os outros retornaram para os seus senhores. Alguns até
trouxeram, como troféu, a baioneta, arma com que lutaram e venceram. Meus
tataravôs moravam e eram proprietários de terras no município de Rio Claro,
interior do estado do Rio de Janeiro. Uma dessas baionetas acompanhou os
descendentes da família; e meu pai e seus primos, na juventude, em meados do
século vinte, brincaram com ela; usando-a como se fosse uma lança, jogando-a à
distância para acertar num alvo nos troncos grossos das árvores: isso no
município de Colina (SP). Acredita-se que essa baioneta ainda possa estar com
algum desses descendentes.
12/12/2005
- 84 -
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CAMINHAR
COM O SENHOR
A minha angústia ó Senhor venha
curar
Somente Tu és que tem poder e
Glória
Vem, Te peço e espero
ardentemente
Tua força vai mudar a minha
história
Estou sofrendo por causa da
ingratidão
O mundo dá, depois tira sem
piedade
Humanamente não compreendo tanta
dor
Só teu Amor nos conforta de
verdade
Entre tantas, uma estrela tem
mais brilho
Com seu fulgor a escuridão se
esvai
Com esperança olho ao redor de
mim
Sinto a presença desta luz; ó
grande Pai
Depois da noite vem a aurora
cintilante
Assim também meu Deus faz
transformação
Aquela angústia deu lugar para a
alegria
É novo dia dentro do meu coração
Nessa vida todos somos
caminheiros
Pedras, espinhos, fazem parte da
jornada
O importante é ter Jesus como
parceiro
E ter o céu de prêmio no fim da
estrada
Americana, 08/12/2005
- 85 -
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ENCENAÇÃO
Sua beleza é formosura.
É um mel, uma doçura
E me dá água na boca.
É prazeroso esse amor.
E lhes digo meu senhor,
É muito linda essa cabocla.
Neste campo onde eu moro,
Lugar que eu mais adoro,
Onde a lua nos visita.
Pela fresta da janela
A luz da lua toca nela;
É cena rara e bonita.
Caçar à noite os pirilampos,
De manhã andar nos campos;
Relembrar os madrigais.
Passear por entre rosas,
Tomar leite da mimosa
E cavalgar nos animais.
A gente brinca nessa chuva,
Come manga, chupa uva
Depois vamos nos beijar.
A vida é boa bem vivida.
Sendo ela repartida,
Não há razão para chorar.
Com ternura ela me beija,
Seu rosto cor de cereja,
Sua pureza é um jasmim.
Na palhoça tudo é festa,
Os passarinhos na floresta
Cantam pra ela e pra mim.
09/12/05
- 86 -
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Na
juventude a mesa fica repleta de vidas, na velhice fica repleta de ausências.
Envelheci;
mas tenho tanta infância dentro de mim, tal como quando nasci.
Criei
filhos; não são donos do mundo, mas, contribuí com o Criador.
Plantei
árvores; se talvez não deram frutos, pelo menos fazem sombras àqueles que andam
ofegantes ao calor do sol do meio dia.
Escrevi
livros; pode ser que ninguém os leiam. Mas valeu a pena por eu ter tentado
retribuir ao mundo, esses Dons que, de graça, Deus me deu.
Ser
íntegro custa caro. Por não me dividir, sou feliz !
NESTOR
- 87 -
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Os
dez mandamentos do Casal
01 - Nunca
irritar-se ao mesmo tempo.
02 - Nunca
gritar um com o outro.
03 - Se
alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro.
04 - Se for
inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor.
05 - Nunca
jogar no rosto do outro os erros do passado.
06 - A
displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge.
07 - Nunca ir
dormir sem ter chegado a um acordo.
08 - Pelo
menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa.
09
- Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas.
10
- Quando um não quer dois não brigam.
- 88 -
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tataravô
|
tataravô
|
Tataravô
|
||||||
Joaquim
|
Mariano
|
xx
|
xx
|
xx
|
xx
|
Augusto
|
xx
|
|
1839.
|
1842.
|
1845.
|
||||||
tataravó
|
tataravó
|
|||||||
Leopoldina
|
Inês
|
xx
|
xx
|
xx
|
xx
|
Xx
|
xx
|
|
1842.
|
1845.
|
|||||||
bisavô
|
Bisavó
|
bisavô
|
bisavó
|
bisavô
|
bisavó
|
Bisavô
|
bisavó
|
|
Zózimo
|
Gertrudes
|
Silvino
|
Eugênia
|
José
|
Mariana
|
José
|
Mathilde
|
|
1864.
|
1867.
|
1854.
|
1857.
|
1860.
|
1862.
|
1868.
|
1870.
|
|
avô
|
avó
|
avô
|
Avó
|
|||||
Ezequiel
|
Sebastiana
|
Joaquim
|
Teresa
|
|||||
1894.
|
1895
|
1886
|
1895
|
|||||
Pai
|
mãe
|
|||||||
Nestor
|
Maria
|
|||||||
1918
|
1920
|
|||||||
eu
|
||||||||
Nestor
|
||||||||
1946
|
||||||||
Eu acredito
no sol, mesmo quando não ilumina. Eu acredito no amor, mesmo quando não o
sinto. Eu acredito em Deus, mesmo quando permanece calado.
- 89 -
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Quem só vive olhando
pro céu, fere os pés nas pedras da terra.
Quem só vive olhando
pro chão, inerte lamenta a própria vida.
Quem só vive olhando
pra frente vai sentir derrepente que o tempo passou e ele não viu.
Quem só vive olhando
pra trás não vai ser capaz de renascer.
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DADOS BIOGRÁFICOS
Nestor nasceu em Colina (SP), na fazenda São Joaquim
no dia 22/11/1946, viveu sua infância e parte da juventude na roça. Morou onze
anos na fazenda Monte Belo.
Aos dezesseis anos de idade, no dia 17/09/1962,
mudou-se, juntamente, com sua família para a cidade de Americana (SP), aonde
mora até hoje.
Filho de Nestor de Oliveira e de Maria Pires de
Oliveira; seu pai é fluminense, nascido na cidade de Rio Claro (RJ), e sua mãe
é paulista, nascida na cidade de Araras (SP). Seus avós paterno, Ezequiel de
Oliveira e Sebastiana Cândida de Oliveira, são fluminenses. Seus avós materno, Joaquim
Pires de Oliveira e Teresa Hermann, ele é mineiro de Ouro Preto, ela é alemã de
Berlim, capital.
É casado com Zenaide Paro Tonus de Oliveira, nascida
em Colina (SP), na fazenda Monte Belo. É pai de Maria Auxiliadora, Nestor
Ezequiel, José Roberto e João Paulo. É avô de Bruno Albert, Aline Maria,
Vinicius Henrique, Vitor Henrique, Gabriel e Estêvão. É sogro de Edvaldo,
Viviane e Jussara.
Exerceu a profissão de Técnico Químico, trabalhou na
indústria têxtil, onde se aposentou. É líder comunitário católico, pertence à
paróquia de São João Bosco de Americana. É membro de uma família que sempre
gostou de escrever e de cantar. Desde Rio Claro (RJ) terra de seu pai, como em
Barretos, Jaborandí e Colina (SP) sua terra natal, e agora em Americana (SP).
OBRAS DO AUTOR:
Monte Belo, O Paraíso Dos Meus Sonhos
Poemas De Um Sonhador
Cantar A Vida Através Da Poesia
Sonhos & Caminhos
PAI, UM AMIGO, UM HERÓI, Antologia Literária da Casa
do Novo Autor Editora Ltda, editado em 2001.
Vários trabalhos publicados nos jornais O Liberal,
de Americana, e no jornal O Colinense, de Colina.
Ano 2006
Nestor de Oliveira Filho
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Serei capaz de dar sem nada pedir em troca, amar sem pôr
condições ao amor? Ao verificar a necessidade que tenho de ser reconhecido e
apreciado, dou conta do duro combate que preciso de travar. Mas estou
convencido de que, sempre que conseguir vencer essa necessidade e agir
livremente, a minha vida dará os frutos do Espírito de Deus. (Pe.
Henri Nouwen)
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